Final de ano, mercado está aquecido, os empresários estão aguardando este período da mesma forma que um agricultor aguarda o momento da colheita. O 13º, geralmente em duas parcelas, injeta bilhões de reais no mercado deixando o cenário ainda mais promissor. Nesta fase a contração de colaboradores temporários torna-se indispensável. Empresários que optam por contratar uma agência de empregos estão assessorados, mas quem não contrata tais agências o que fazer? Quais cuidados devem tomar?
Para a função de vendedor temporário, a maioria dos empresários acaba contratando as pessoas pelas primeiras impressões na entrega dos currículos. O risco destes funcionários darem problema é bem maior. Existe um ditado que diz: “contrata-se por currículo e demite-se por comportamento”. Portanto, se o comportamento dos futuros contratados é algo tão importante, como diminuir os riscos neste tipo de contratação?
Existem três fatores que olho neste tipo de contratação: integridade, equilíbrio e comportamento. Como geralmente falta tempo e recursos para uma avaliação mais detalhada, costumo orientar os meus clientes a fazer a primeira peneira pelos currículos e a primeira impressão dos candidatos, como é feito na maioria dos casos. No entanto, depois de limitar os currículos é feita uma ligação para cada um deles. Neste ponto procuramos observar a desenvoltura para conversar. Afinal, o futuro vendedor precisa desta competência como uma ferramenta de trabalho.
Depois de passar a segunda peneira, peço para a empresa consultar os antecedentes criminais, Serasa e as redes sociais destes candidatos. O objetivo é colher pistas sobre a integridade nos antecedentes. Quanto ao Serasa e SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) é importante lembrar que dever não é crime, o objetivo é ver se há dívidas muito altas no nome do candidato. Pois, se elas existirem e por trás for motivos de força maior como desemprego, doença ou acidentes, está tudo bem. Mas, se isto refletir numa pessoa compulsiva com equilíbrio financeiro comprometido, será muito difícil motivá-la com o salário que a empresa oferece. E, geralmente, estas pessoas quanto mais ganham mais gastam!
Por fim, as redes sociais ajudam a ver o que os candidatos realmente são. É raro quem toma cuidado com o Facebook, por exemplo. Acaba colocando a vida lá, a forma que pensa, como reage a uma crítica e como se posiciona em assuntos polêmicos. São pistas de comportamento do futuro colaborador. O artigo 5º da constituição deixa claro que todos nós somos iguais e não há distinção entre as pessoas! Por isso, todos estes cuidados servem para perfilar os candidatos e não para discriminá-los. Com mais informações o empresário tomará uma decisão mais alinhada com as necessidades da empresa e as exigências da função.