Técnicos prudentinos analisam seleção de Tite

Treinadores do Grêmio opinam sobre jogadores e partidas realizadas até agora, na Copa do Mundo

Esportes - JULHIA MARQUETI

Data 06/07/2018
Horário 05:21
Arquivo - Epitácio acredita no título, mas se preocupa com grandes seleções que vem pela frente
Arquivo - Epitácio acredita no título, mas se preocupa com grandes seleções que vem pela frente

Hoje, o Brasil entra em campo mais uma vez pela Copa do Mundo da Rússia 2018. Contra Bélgica, a partir das 15h, a seleção brasileira busca a classificação para a semifinal da competição na cidade de Kazan. Para a partida, o técnico Tite já garantiu a escalação oficial, além de ter atletas voltando de lesões que podem contribuir em mais um desafio.

Como muitos sabem, até que um treinador consiga chegar à frente da seleção de seu país e ao quinto jogo em uma Copa do Mundo, muitos obstáculos tiveram que ser ultrapassados. Não foi diferente na caminhada que transformou seu Adenor Leonardo Bacchi em Tite, e passou a ser o técnico em que o torcedor brasileiro mais confia atualmente.

Como exemplos de início de carreira, podem ser usados dois treinadores do Grêmio Prudente. Epitácio comanda a equipe da categoria sub-15, já Rodrigo César é o atual comandante do time profissional e do sub-20. Ambos tiveram a oportunidade de analisar e comentar sobre a atual seleção brasileira, e dividem opiniões sobre os nomes que estão vestindo a camisa verde e amarela.

Em relação ao treinador Tite, Rodrigo não hesitou em elogios. “Tite é fantástico, extremamente focado e competente. Se atenta aos mínimos detalhes e por isso conhece muito bem o grupo. Em muitas vezes fez isso no Corinthians e no último jogo contra o México ele reajustou a equipe sem trocar peças”, enfatiza.

O fato de mudar o estilo de jogo permanecendo com os mesmos atletas em campo foi algo destacado também por Epitácio, que opinou sobre a parte tática. “Posso apenas falar do que temos visto nos jogos, principalmente no último contra o México, onde a seleção não teve um bom início de partida, e a partir de uma mudança de posicionamento tático, porém sem mudar os jogadores, o que é muito válido, o Brasil se encaixou dentro do campo e passou a dominar as ações. Isso tudo por conta do excelente trabalho que o Tite tem feito em todos os aspectos”.

Sobre o adversário de hoje, a Bélgica, Rodrigo colocou a atenção como algo a ser muito trabalhado dentro de campo, já que, até o momento, a equipe vem surpreendendo a todos no Mundial. “A Bélgica vem disposta num 1-3-4-3, mas não percebi no último jogo que eles tenham explorando a abertura de campo. Uma equipe que de certa forma busca o jogo apoiado, porém, se Kevin De Bruyne não se movimentar ou estiver sempre encaixado a marcação nele, terão problema na saída. Caso optem por Felaine, precisamos ter muita atenção no jogo aéreo”, afirma.

Sobre os 23 convocados por Tite, Epitácio se diz animado e vê como uma perspectiva clara o título mundial, de acordo com a nova geração de jogadores. “Boa parte deles atuando nas principais equipes do futebol mundial, jogadores de muita qualidade e grande poder ofensivo com capacidade suficiente para decidirem partidas. E não digo isso por conta dos 11 jogadores que jogam com mais frequência, mas possuímos uma equipe muito forte. O professor Tite pode fazer as alterações necessárias que o nível de atuação e desempenho da equipe continua elevado. E devido a esses jogadores de altíssimo nível, hoje podemos analisar uma seleção muito coesa entre defesa/meio/ataque”, declara.

Tanto Epitácio quanto Rodrigo acreditam num bom resultado diante da Bélgica, assim como a continuidade na competição. E quando se fala de seleção brasileira, até o lado torcedor fala um pouco mais alto, e permite que a empolgação seja ainda maior. “Apesar da seleção estar do lado mais difícil do chaveamento, a minha confiança do lado torcedor é altíssima. Em contrapartida, o lado de treinador, ainda no início de carreira com muitas coisas a aprender, me alerta que temos duras batalhas pela frente: Bélgica, amanhã [hoje], e, principalmente, a França que, na minha opinião, passa pelo Uruguai e enfrenta o Brasil na semifinal, é um adversário a se preocupar muito, pois também possui uma geração talentosíssima e durante o Mundial vem tendo grandes exibições”, conclui.

 

 

 

 

 

 

Publicidade

Veja também