Teatros, ruas, palcos alternativos recebem grandes espetáculos no 3º dia do Festival Nacional de Prudente

Programação de hoje conta com três peças e Sarau da Urbe; amanhã tem muito mais atrações para todos os públicos

VARIEDADES - OSLAINE SILVA

Data 11/11/2018
Horário 04:00

Segue a programação do 24º Fentepp (Festival Nacional de Teatro de Presidente Prudente) em seu terceiro dia. Às 15h, deste domingo, o Sesc Thermas sedia o espetáculo “Terremota”, da Cia. Bendita de São Paulo. A história diz que Maria é uma menina corajosa e esperta que mora com o tio Bigode e o gato Platão. Sua maior diversão é analisar o mundo pela janela. Num feriado, o tio resolve viajar, mas uma forte chuva atrapalha os planos. A menina fica indignada e prepara uma revolução: inventa um outro mundo na sala de casa e funda a República Terremota.

Um pouco mais tarde, às 17h, na Praça Dóbio Zaina (ao lado da Apea – Associação Prudentina de Esportes Atléticos) tem Sarau da Urbe, um evento organizado pela junção de vários integrantes de diferentes coletivos independentes da cidade, para unir artistas e estilos dos movimentos de rua, visto que Urbe corresponde a cidade.

O Sarau da Urbe vem recheado de questões de âmbito social, cultural e político e tem como objetivo a integração cultural, discutir experiências e vivências que venham a fortalecer os movimentos de rua como: hip hop, recital de poesias, batalha de MC´s, pocket shows, performance de arte, dança e trabalhos musicais.

Na programação está como mestre de cerimônia Alli Black; pocketshow: Projeto Rênego, Aleixo MC e Dennerzito; intervenção poética, MIC Aberto e encerramento com Alli Black e Mah Vieira.

A Trupe Lona Preta volta a se apresentar neste domingo, desta vez no Parque do Povo, às 18h, com o “Concerto da Lona Preta”, um espetáculo inspirado na tradição circense e em músicas que fazem parte do imaginário popular. Cinco músicos, ou melhor, cinco palhaços tentam de forma divertida executar um concerto musical com um amplo e variado repertório, que abrange arranjos musicais concernentes às manifestações populares, eruditas e popularescas.

“Carta 1 – A infância, promessa de mãe”, do Coletivo Estopô Balaio, de São Paulo, chega ao Teatro Paulo Roberto Lisboa às 20h. É o primeiro espetáculo do tríptico "Nos trilhos abertos de um leste migrante", construído em diálogo com o livro "As veias abertas da América Latina" de Eduardo Galeano. O Coletivo Estopô Balaio passou três anos escrevendo cartas nas estações de trem. Foram escolhidas três delas para escrever a biografia dos remetentes e construir o tríptico. Carta 01 - A infância, Promessa de mãe: Em busca de um horizonte, a boliviana Martha migrou para o Brasil. Submetida ao trabalho escravo, fez uma promessa: não cortaria o cabelo de seu filho Erick até conseguir voltar para a Bolívia. 12 anos se passaram e o menino, cansado de sofrer bullying, quer trocar seu cabelo pela realização de seus sonhos e de sua mãe.

 

Segunda tem mais

“Canções para Pequenos Ouvidos” (infanto juvenil) será apresentado em duas sessões amanhã, no IBC Centro de Eventos, às 10h e às 14h. É anunciado o concerto de uma grande orquestra. Enquanto o palhaço Sandoval aguarda ansioso a chegada dos grandes músicos, quatro palhaços chegam para atrapalhá-lo. Ao se depararem com um palco cheio de instrumentos musicais, quinquilharias e objetos largados no local, cada um ao seu tempo entra em contato com suas memórias e conta uma história em forma de canção.

Às 15h, na Sala 6, no Centro Cultural Matarazzo ocorre um “Encontro Com Gilberto Gawronski” (ação formativa). Ele é considerado um dos mais inquietos atores e diretores cariocas dos últimos anos. Entre outros muitos trabalhos dirigiu "Uma história de borboletas" e atuou em "A dama da noite", ambos baseados em contos do escritor Caio Fernando Abreu. Mais recentemente atua em "Ato de Comunhão" (do dramaturgo argentino Lautaro Vilo) e "A ira de narciso" (do franco-uruguaio Sergio Blanco, apresentado no 24º Fentepp). Todas estas montagens desenham a trajetória de um artista fora da ordem, interessado em discutir no palco o comportamento, a sexualidade humana e a natureza da liberdade. Neste encontro ele fala sobre estes temas, sobre a repercussão do seu trabalho em um Brasil polarizado e sobre a importância do ator como pensador da cena junto aos outros artistas que fazem o espetáculo. 

“A Ira de Narciso” (adulto), um monólogo em primeira pessoa que relata a permanência do autor na cidade de Ljubljana, onde é convidado a dar uma palestra sobre o mito de Narciso será encenado às 20h no Teatro Paulo Roberto Lisboa. O texto nos mostra que o autor, hospedado no quarto 228 de um hotel, realiza diversos encontros com um jovem Esloveno que acabara de conhecer. A partir da descoberta de uma mancha de sangue no carpete, o relato da viagem profissional e dos encontros amorosos dá lugar a uma intriga policial obscura e inusitada. Alternando sutilmente a narração, palestra e confissão, a “Ira de Narciso” é uma jornada fascinante e arriscada que conduz o espectador num confuso labirinto do eu, da linguagem e do tempo.

No mesmo horário, o espetáculo é na rua! A Cia. Cênica de São José do Rio Preto vai até a Praça da Juventude Francisco Vinha, no Ana Jacinta apresentar ao público “Terra abaixo, rio acima”.

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