O homem de 47 anos, preso no domingo suspeito de ser autor de um homicídio qualificado consumado em Teodoro Sampaio, foi enviado na tarde de ontem, para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Caiuá. O suspeito estava preso na Cadeia Pública de Presidente Venceslau, porém, passou por uma audiência custódia, no qual o fórum local e o MP (Ministério Público) optaram pela prisão preventiva, de 30 dias. Na ocasião, um morador da cidade, de 36 anos, foi morto com golpes de faca.
O delegado à frente do caso, João Paulo Tardin, conta que o crime teria sido ocasionado, após o suposto autor ver a vítima em companhia de sua ex-companheira. Na ocasião, a mulher estava em um baile, saiu e estava a caminho de casa. A vítima, por sua vez, a acompanhou, na intenção de protegê-la do agressor, devido ao histórico de ameaças sofridas. “Enquanto caminhavam pela rua, o autor surpreendeu os dois e partiu na direção da vítima, já com uma faca em punho e desferiu golpes contra esta, atingindo de raspão a região da cabeça, bem como a região posterior da perna direita, que ocasionou cisão de artéria calibrosa”, completa o delegado.
Com a agressão, a vítima teve uma hemorragia grave. Ainda de acordo com Tardin, o homem tentou correr, sendo perseguido pelo agressor, mas caiu em uma calçada em outra rua nas proximidades. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital Regional da cidade, mas já chegou à unidade de saúde sem vida.
Histórico
À reportagem, o policiamento relata que o acusado teve um relacionamento de quase sete anos com a mulher envolvida. No entanto, após o término da relação, que teria sido motivado por agressões físicas, o suspeito começou a perseguir a ex-amásia, além de desferir ameaças. As ações fizeram com que fosse concedida medida protetiva para a moradora. “Em vista do descumprimento, foi expedido mandado de prisão em desfavor do indiciado”, completa o delegado.
Até a tarde do crime, o sujeito era tratado como foragido. Com diligências dos agentes da Polícia Civil e Militar, o suspeito foi localizado em uma residência, escondido. Ele foi conduzido até a delegacia, onde foi preso e qualificado pelo ato.
“Pessoa controladora”
Para o delegado, o homicida se qualifica em uma “pessoa controladora e manifestamente perigosa”, pois, mesmo com medidas protetivas em vigência, o indiciado resolveu “ceifar” uma vida, por se sentir ofendido com o fato da ex-companheira estar em companhia de outra pessoa, “dando mostras do poderio machista e doentio”.
Por fim, Tardin ressalta que o caso não se resume a meros ciúmes, mas sim a uma situação de motivação imoral. “Afigura-se o atuar doentio e ignóbil do indiciado que desprestigia o poder Judiciário ao descumprir medidas protetivas de urgência deferidas, bem como se sente na condição de decidir o que, com quem e quando fazer atinente à vida social de sua ex-amásia, ainda que isso custe a vida de indivíduo que ouse se relacionar com esta”, finaliza.