Uma foto publicada em uma rede social tem repercutido vários comentários. Na imagem que circula pela internet, um suposto funcionário da Sedepp (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Presidente Prudente), para impedir que um vendedor ambulante comercializasse suas mercadorias, teria derrubado propositalmente itens do carrinho no centro de Presidente Prudente. Na publicação, é possível ler comentários de pessoas revoltadas com o fato.
De acordo com a vendedora ambulante Maria Aparecida dos Santos, 45 anos, esse suposto acontecimento é incomum por parte dos funcionários da Sedepp. Ela conta que trabalha com a venda de frutas há mais de um ano e sempre quando foi abordada pelos agentes “tudo se resolvia na base da conversa”. Entretanto, ela acredita que “se o lugar para vender é proibido, tem que respeitar”. O comerciante Thierry Marcelo da Silva Santana, 17 anos, afirma não ter visto a foto que repercutiu nas redes sociais. Vendedor em uma banca de frutas próximo ao Ceasa (Central Estadual de Abastecimento), ele afirma que dificilmente encontra fiscalização do Sedepp e que até o momento não foi notificado de nada.
A vendedora ambulante Elienara Eloi dos Santos, 20 anos, trabalha há quatro anos com a venda de frutas em bancas na cidade. Ela conta que fazia o seu comércio próximo ao Jardim Novo Bongiovani e que foi notificada pela Sedepp a sair do local porque o carro com os produtos atrapalhava a ciclovia. Ela assume não pagar alvará para trabalhar, mas “como está difícil conseguir emprego, eu tive que tentar fazer alguma coisa”.
Comércio irregular
Conforme a pasta, a reportagem foi informada de que o vendedor ambulante era de outra cidade e comercializava produtos irregularmente na cidade. Questionada sobre mais informações, a secretaria afirmou que não estava autorizada a falar sobre o assunto no momento. Nossa equipe tentou entrar em contato com o secretário da Sedepp, João Carlos Marcondes, mas fomos informados de que ele havia acabado de sair para uma viagem. Tentamos buscar mais informações a respeito da denúncia com a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), mas até o fechamento desta reportagem não obtivemos respostas.
