Uma solenidade na manhã de ontem, na escola Sesi (Serviço Social da Indústria), marcou a troca de faixas de 210 alunos de Presidente Prudente que praticam o Judô. O evento reuniu jovens e adultos de projetos sociais, associações e escolas particulares e simbolizou o fechamento das atividades do esporte do município neste ano. Conforme a organização, a troca de faixas é um dos momentos que marca a passagem de nível dos atletas, além de simbolizar o momento como uma formatura. Pais e judocas relatam a importância do momento e salientam que a modalidade ganha visibilidade a cada dia que passa.
Segundo o técnico desportivo da Semepp (Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente), Paulo Costa Junior, a entrega foi uma parceria entre a secretaria, a associação de judô municipal, o Colégio Criarte, o Projeto Mão Amiga, do Brasil Novo, e a Associação dos Moradores do Conjunto Habitacional Ana Jacinta. “Este é o momento que encerramos as atividades e reconhecemos o esforço de todos os nossos alunos e profissionais envolvidos”, declara. Ao todo, os atletas podem passar por 12 faixas.
Ainda conforme Paulo, a quantidade de pais e alunos, já que o ginásio da escola estava lotado de familiares, é satisfatória para aumentar a visibilidade do esporte e atrair novos praticantes. “A modalidade ganhou uma proporção muito grande nos últimos tempos. Além disso, o judô sempre participa das Olimpíadas e nunca deixa de trazer medalhas, então precisamos dar o reconhecimento necessário. Inclusive, temos atletas da cidade que já conquistaram medalhas em campeonatos regionais”.
Dos 210 presentes, o técnico informa que pelo menos 150 são beneficiados com programas da Prefeitura, sem pagamento de mensalidades, uma oportunidade de apresentar o esporte aos jovens que não teriam a possibilidade sem o auxílio.
Momento único
A mãe orgulhosa estava lá na primeira fila de cadeiras, no espaço destinado aos visitantes. Adriana de Lima, 43 anos, dona de casa, acompanhava a troca de faixas do filho de cinco anos, que passou da branca para a ponta preta, e diz estar satisfeita com o momento único. “O Arthur [filho] treina há um ano e vejo que o comportamento dele mudou muito desde então, positivamente. Pretendo manter ele no esporte, pois até agora só vi benefícios em deixa-lo praticar”, ressalta.
Já o comerciante Leonardo Vicente dos Santos, 33 anos, acompanhado da família, esperava o momento em que o filho, de seis anos, trocaria da faixa branca para a cinza. “Ele já treina há três anos, por isso vai pular a faixa ponta cinza. Tudo dele está melhor, a educação, o comportamento e esses são justamente os pontos abordados nas aulas, que vão além somente do esporte”.
Protagonista do dia tão especial, a estudante e judoca Débora Silva, 13 anos, estava ansiosa para passar da faixa azul para a amarela e comenta sobre a data. “Estou muito feliz, trabalhamos durante todo o ano para receber esse reconhecimento”.