Sinusite, rinite e asma são comuns no outono

PRUDENTE - WEVERSON NASCIMENTO

Data 28/04/2019
Horário 09:00
Arquivo - Paulo Roberto Gomes, pneumologista, fala das doenças
Arquivo - Paulo Roberto Gomes, pneumologista, fala das doenças

Por conta da baixa umidade do ar e das temperaturas mais amenas, o outono favorece o aparecimento de doenças respiratórias ligadas ao clima. As mais comuns são relacionadas à parte infecciosa ou alérgica dos pacientes, como rinite alérgica, sinusite e também a asma brônquica. As crianças, idosos, indivíduos por muito tempo expostos ao ar-condicionado ou ventilador, tabagistas, alérgicos, imunossuprimidos  em tratamento de câncer, quimioterapia e radioterapia são os mais passíveis ao quadro.

O médico pneumologista Paulo Roberto Gomes, 55 anos, explica que as doenças virais mais comuns correspondem à gripe e também o conhecido resfriado, que pode acometer as pessoas por aproximadamente de dois a três dias, com sintomas de mal-estar no corpo, indisposição e coriza. Já as infecciosas de natureza bacteriana, o médico destaca principalmente a sinusite, amigdalite, faringite, bronquite e a pneumonia.

Com relação ao tempo em que as pessoas perduram no cenário doentio, o médico explica que depende do curso clínico de cada uma, mas que esses quadros infecciosos costumam durar de sete a dez dias, e nos quadros alérgicos até serem tratados corretamente.

Propensão

A sinusite, segundo o pneumologista, costuma manifestar na forma de secreção nasal normalmente amarelada ou esverdeada e com a sensação de que a mesma está descendo pela garganta; dor de cabeça frontal, ocular e nasal, conhecida também como cefaleia sinusal; obstrução nasal; tosse e eventualmente febre.

Os quadros de bronquite se manifestam sobre a forma de tosse na maioria das vezes com expectoração (expectoração entende-se ao o indivíduo tosse e a secreção chega ate à boca, mas volta) ou escarro (colocar da boca para fora), chiado no peito, falta de ar ou sensação de cansaço respiratório, febre nos casos mais graves e até mesmo a dor torácica. Os mesmos sintomas de bronquite apresentam na pneumonia – tosse, falta de ar, febre e dor torácica, explica e médico.

Segundo o pneumologista, os pacientes portadores da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), também conhecidos como brônquicos crônicos, tendem a piorar nessa época do ano em função da baixa umidade do ar e também do frio que insultam as vias respiratórias dos indivíduos portadores.

Prevenção

A melhor forma de prevenção é individualizar o tratamento e evidentemente tratar aquilo que é necessário, afirma o médico. “Se o indivíduo tem gripe, ele tem que fazer prevenção através de vacinas, correção alimentar, ou seja, tem que individualizar porque não existe uma melhor forma de prevenir ou evitar a exposição ambiental decorrente à queda da temperatura”, esclarece. Logo, tratar corretamente as doenças respiratórias é uma forma de minimizar os riscos de mais infecções e crises alérgicas neste período de outono.

O médico explica que a promoção da qualidade de vida nesta época pode-se manter através de atividade física, mas que o correto é evitar exercícios físicos pesados com a umidade relativa do ar baixa. Outra forma de prevenção é evitar exposição ambiental excessiva do ar-condicionado ou ventilador. “Ficar dentro de locais com baixa temperatura ou lugares fechados prejudica as vias respiratórias”, lembra.

Quanto à aglomeração de pessoas, o pneumologista afirma que o correto é que o ambiente esteja sempre ventilado para que se houver circulação de germes ou vírus não contaminem a todos. “Quanto menos a pessoa estiver exposta a aglomerações, menor é a chance de ela pegar infecções”, norteia.

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