O Brasil registrou a abertura de 129.601 novas vagas de emprego com carteira assinada em abril, resultado de 1.374.628 admissões e 1.245.027 desligamentos, conforme dados do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), divulgados ontem. Em âmbito regional, em Presidente Prudente, numa proporção menor, o cenário também foi de alta, de forma que, de todos os setores analisados, nenhum teve em déficit. A estabilidade ou superávit registrado em cada um deles foi influência do saldo geral de 528 vagas de emprego.
Em detalhes, foram 2.241contratações, ao passo que tiveram 1.713 demissões. E assim como de costume, os resultados vêm da análise dos oito setores observados pelo Caged: administração pública, agropecuária, comércio, construção civil, extrativa mineral, indústria, serviços industriais de atividade públicas e serviços (veja tabela).
E juntos, os seguimentos tiveram variação de 0,86%. E no melhor dos cenários, diferente do mês de março, assim como mostra na pesquisa, a indústria esteve à frente. As 619 admissões contra os 309 desligamentos gerou um saldo de 310. O diretor regional do Ciesp/Fiesp (Centro e Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Wadir Olivetti Júnior, entende que a situação esteja “muito relacionada com esse clima” que o país está vivendo.
“Ainda não podemos dizer que está sendo constante e que é uma situação privilegiada para o setor. Mas por outro lado, mesmo as vagas não sendo muitas, foram positivas. Por isso, temos que comemorar, pois traz uma luz no fim do túnel, uma esperança”, completa o diretor. Ele ainda complementa que a ocasião abre espaço para torcida de que os próximos meses sejam da mesma forma, já que não há nada concreto que possa motivar isso. “Estamos vivendo uma instabilidade econômica e política. Mas torcemos”, conclui.
Na sequência, a categoria de serviços - que geralmente sempre fecha positivo - também encerrou abril com superávit, com o desempenho logo atrás da indústria. O saldo foi de 104 vagas de empregos, resultado de 886 admissões e 782 desligamentos (variação de +0,34%). E sobre isso, o gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), José Carlos Cavalcante, analisa que, “nos últimos tempos, tem notado um crescimento do setor, principalmente com a entrada de novos MEIs [Microempreendedor Individual]”. E isso faz com que Prudente caminhe para se configurar como um polo de serviços, como ele mesmo destaca.
Mas à reportagem, Cavalcante lembra que há uma oscilação muito grande na categoria, de modo que não se pode apontar a causa exata do crescimento específico de abril, por ser um setor que não possui uma característica sazonal, como o comércio, por exemplo. “Acredito que é um setor que tem perspectivas maiores que os demais. Ele precisa de trabalhador sem a mão-de-obra associada. Não contrata em épocas, temporários, mas tem um leque de opções para se aprender e trabalhar”, finaliza.
Nível do emprego em abril em Prudente
SETORES |
Total admissão |
Total desligamentos |
Saldo |
Variação do emprego % |
Extrativa mineral |
0 |
0 |
0 |
0,00 |
Indústria de transformação |
619 |
309 |
310 |
3,03 |
Serviço industrial de util. pública |
2 |
2 |
0 |
0,00 |
Construção civil |
184 |
89 |
95 |
5,78 |
Comércio |
527 |
521 |
6 |
0,04 |
Serviços |
886 |
782 |
104 |
0,34 |
Administração pública |
0 |
0 |
0 |
0,00 |
Agropecuária |
23 |
10 |
13 |
2,30 |
Total |
2.241 |
1.713 |
528 |
0,86 |
Fonte: Caged