A migração das emissoras de rádio que operam na faixa AM (modulação em amplitude) para o espectro FM (frequência modulada), conforme o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, objetiva fortalecer as emissoras que hoje são prejudicadas pelo abandono do dial AM, seja por interferências na faixa, baixa qualidade de áudio ou altos custos para a manutenção. Na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, com sede em Presidente Prudente, são 17 rádios que solicitaram o processo migratório, sendo que sete delas já estão em processo avaliado como concluído.
Segundo o Ministério, a adaptação das outorgas AM para FM objetiva ainda garantir a melhor prestação do serviço das 1.781 rádios AM do país, sendo que 1.332 delas solicitaram a migração. Para tanto, a pasta já realizou eventos itinerantes em todo o país, com o propósito de celebrar os correspondentes termos aditivos aos contratos de concessão, que é um dos últimos passos para a efetivação das outorgas. Das 17 rádios inclusas neste processo na região, sete aguardam a disponibilização de um canal, duas se encontram inadimplentes, uma segue em análise, além das sete mais na fase concluída.
Migração
A rádio Onda Viva AM (1300 KHZ), de Santo Anastácio, também optou por deixar os sinais de modulação em amplitude para ingressar nas ondas da frequência modulada e é uma das sete que se encontra em fase de conclusão. Conforme a auxiliar administrativo Maria José Pereira, a migração de fato ainda não ocorreu, mas o processo que teve início em 2013 já tem data para encerramento. “Foram várias as fases e estamos praticamente na última. Nossa transição já foi autorizada e agora estamos em fase de instalação. Penso que dentro de 45 dias, se não houver fatores que impeçam, a rádio já estará disponível no canal FM, 95.7”, esclarece.
Segundo Maria, a rádio aguarda a chegada de um novo transmissor e a antena que deve subir, nos próximos dias, cerca de 45 metros para a homologação do contrato. “Não temos uma data oficial ainda, mas nossa expectativa é muito grande. Funcionários e clientes comemoram muito essa conquista”.
Já o diretor da Comercial AM (1440 KHZ) de Presidente Prudente, Maurício Mescoloti, diz que foram poucas as emissoras do Estado que conseguiram a disponibilidade de canal, já que muitas permanecem na faixa estendida, e a medida não é vista totalmente de maneira positiva. “Vejo que este é um processo confuso, mesmo sendo de longa data. Falta informação e não acredito que o país esteja, de fato, preparado para o término total da rádio AM, pois não há disponibilidade de canal para alocar todo mundo”, informa.
