Sensores com sirenes devem ser instalados no Parque do Povo

Conforme a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil, com o aumento do nível de água, os equipamentos emitirão sinais para acionar o alerta

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 28/02/2020
Horário 04:02
Weverson Nascimento - Placas foram instaladas em locais estratégicos onde há maiores riscos de inundações
Weverson Nascimento - Placas foram instaladas em locais estratégicos onde há maiores riscos de inundações

Em Presidente Prudente, todo período de precipitação intensa o problema é o mesmo: o alagamento no Parque do Povo. A situação é antiga e, desde então, a municipalidade estuda formas para resolver a passagem da água pela Avenida 14 de Setembro. A fim de diminuir os riscos de graves acidentes durante a enchente, a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil anunciou ontem um projeto que busca instalar sensores com sirenes que, com o aumento do nível de água, serão acionados para que a comunidade se atente quanto à enchente.

De acordo com o coordenador municipal do órgão, Renato Gouveia, a princípio será instalado um equipamento piloto na Avenida da Saudade, entre os dois lados do Parque do Povo – ainda sem prazo estabelecido. “Estamos levantando custos de materiais e os melhores locais para as instalações”, salienta o titular, sobre o projeto que teve iniciativa da Defesa Civil e o aval do prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB).

Renato lembra que uma questão a ser levada em conta será a manutenção desses equipamentos. Isso porque os arredores do Parque do Povo têm sofrido com a ação de vandalismo – situação que não é atual e vem sendo acompanhada pela reportagem. Desta forma, afirma ser necessário buscar “a melhor posição” dos sensores, para evitar depredação do material e outras ações que possam danificá-los. “Já estamos iniciando as tratativas para colocar em prática, estudando orçamentos, mas sem valores concretos até o momento”, pontua.

PLACAS INSTALADAS

ALERTAM RISCOS

Enquanto o projeto está em fase de estudo, outra iniciativa já foi colocada em prática. Ontem, a Semob (Secretaria de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) e a Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil instalaram quatro placas com alerta de alagamento no Parque do Povo.

O coordenador municipal da Defesa Civil explica que os locais de instalações foram escolhidos devido à maior incidência de inundação. São eles: Avenida da Saudade com a 11 de Maio; Donato Armelin com a 11 de Maio; no recuo do Parque do Povo na 14 de Setembro; e na Coronel José Soares Marcondes com a 14 de Setembro.

A implantação das placas, segundo Renato, foi determinação do prefeito e também integra o Plamcon (Plano Municipal de Contingência) da Defesa Civil. “É importante que as pessoas se atentem aos alertas prévios da coordenadoria sobre as condições climáticas. Mais que isso, em dias de chuvas intensas, evitem deixar os veículos nessas áreas e optem por rotas alternativas, onde não há episódios de alagamento”, orienta.

ESTUDO: SOLUÇÕES

PARA ALAGAMENTO

O alagamento no Parque do Povo está em constante debate. Em janeiro, este diário noticiou um estudo que propõe soluções para o problema. Desenvolvido pelo egresso do curso de Arquitetura e Urbanismo da Toledo Prudente Centro Universitário, Marcos José Martins da Costa, o “Projeto de Reestruturação do Sistema de Drenagem do Parque do Povo de Presidente Prudente” sugere a implantação de galerias de retenções em pontos estratégicos.

O arquiteto e urbanista comenta que as galerias são fundamentais para reter o excesso de água escoada pela canalização e retomar a eficiência do sistema de drenagem do parque. “Este é um trabalho de extrema importância, pois traz reflexões sobre a problemática da drenagem urbana no Parque do Povo e aponta uma solução técnica para um problema crônico que a cidade enfrenta”, explica o orientador do estudo, professor Luciano Osako.

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