Sem festa, Prudentão completa seu 35º aniversário

Estádio continua como segundo maior entre cidades do interior dos Estados brasileiros, com capacidade para 45.954 pessoas

Esportes - PAULO TAROCO

Data 12/10/2017
Horário 13:04
Arquivo, Em 35 anos de história, estádio já abrigou seis equipes do futebol prudentino
Arquivo, Em 35 anos de história, estádio já abrigou seis equipes do futebol prudentino

O Estádio Municipal Paulo Constantino, Prudentão, completa hoje 35 anos de história. Desde o dia 12 de outubro de 1982, o local é palco de alegrias para uns e tristezas para outros, dentro do cenário do futebol nacional.

A iniciativa da construção começou em meados da década de 1970, durante a primeira gestão do então prefeito de Presidente Prudente, Paulo Constantino, que mais cederia seu nome ao estádio. A inspiração de Paulo Constantino teve como origem o Estádio do Café, de Londrina (PR), na qual o Prudentão herdou o formato das arquibancadas.

O extinto Corinthians de Prudente, Corinthinha, e Santos, fizeram a partida inaugural, vencida pelos santistas por 1 a 0, diante de um público de pouco mais de 20 mil pessoas. A torcida ficou concentrada no primeiro lance de arquibancadas, liberadas ao término dessa primeira etapa das construções, que hoje correspondem ao setor verde e das cadeiras do estádio. O primeiro jogador a balançar as redes do Prudentão foi o santista Paulinho.

O radialista prudentino Luiz Semensati foi um dos profissionais que cobriu jornalisticamente a partida de 1982. Ele fez parte da equipe de uma rádio que ainda contava com os narradores Flávio Araújo e Lombardi Júnior, que narraram um tempo cada, e do repórter Ismael Silva, como lembra o radialista.

Semensati também fala um pouco sobre o clima que envolveu todos os preparativos e a expectativa em relação à inauguração do Prudentão. “Sem dúvida tivemos uma grande festa, movida não só pela abertura do estádio, mas também por ele receber a equipe do Santos”, diz.

O ex-zagueiro do Corinthians de Prudente, Claudemir Vilhegas, Espanhol, apesar de não ter tido a oportunidade de jogar a partida inaugural de estreia, jogou pelo time prudentino durante a temporada de 1983, ou seja, praticamente o primeiro ano de atividades do estádio. Espanhol começou a carreira na equipe do Corinthinha, no final da década 1960, período em que o time ainda mandava os jogos no extinto Parque São Jorge. Mas, em 1982, o ex-jogador estava emprestado à Ranchariense e voltou já com o clube em nova casa, o que possibilita ao ex-corinthiano fazer uma análise do futebol prudentino antes e depois da chegada do Prudentão. “Era outra estrutura, se sabia que seria algo mais grandioso. Mas sentimos muita falta do calor humano proporcionado pela torcida”, comenta.

No decorrer desta história, além do Corinthians prudentino, o estádio abrigou também outras cinco equipes do futebol da cidade, como o Prudentino, Opec (Oeste Paulista Esporte Clube), PPFC (Presidente Prudente Futebol Clube), Grêmio Prudente (ex-Barueri) e o atual Grêmio Prudente. Além das equipes, o estádio já foi palco de clássicos tradicionais entre equipes do futebol brasileiro, como em 1996, onde Corinthians e Palmeiras promoveram um jogo para 45.972 pessoas, recorde público do estádio até hoje.

 

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De acordo com a CNEF (Cadastro Nacional de Estádios de Futebol) da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), atualizado pela última vez em 2016, o Prudentão segue como segundo maior estádio brasileiro, entre os localizados em cidades do interior de Estados do país, com capacidade para 45.954 pessoas. O estádio prudentino ficaria atrás apenas do Estádio João Havelange, Parque do Sabiá, de Uberlândia, que tem capacidade atual para 53.350 pessoas.

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