O tempo nublado e o campo molhado, por causa da forte chuva que atingiu Presidente Prudente e região na madrugada e manhã de ontem, não atrapalharam o terceiro treino da seleção brasileira de beisebol, que ocorreu a partir das 8h30 na Acae (Associação Cultural, Agrícola e Esportiva). A categoria sub-12 foi montada há cerca de um mês e conta com 34 atletas, divididos em duas seleções masculinas, que devem participar do pré-mundial, no México, e do Mundial do Japão.
Conforme o técnico da seleção e também diretor técnico da CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol), Paulo Nakashima, os atletas são acompanhados por ele desde os 10 anos de idade e fazem parte de um grupo marcado pelo talento e possibilidades de se tornarem grandes profissionais, como ele classifica. “O trabalho de base é muito importante, pois hoje o beisebol brasileiro vende muitos atletas com qualidade para integrarem grandes ligas”, informa.
O entrosamento, segundo Paulo, já não é mais um problema, visto que a garotada se conhece há alguns anos, mas lembra da necessidade dos treinos, quando o aprimoramento técnico é o principal objetivo. “Vamos trabalhar para que eles estejam prontos para o Mundial, entre os dias 27 e 31 de julho, e o pré-mundial, que ocorre entre 25 de agosto e 2 de setembro [competição que garante vaga para o Mundial do ano que vem]”. O próximo treino do time será em Marília (SP), no feriado de Corpus Christi no fim deste mês.
Para os treinos ontem, foram escalados os atletas do sub-14 como oponentes, conforme noticiado por este diário, para que os meninos do sub-12 conheçam as dificuldades que enfrentarão fora do Brasil. À reportagem, o técnico havia informado que os mais velhos serviriam para mostrar a resistência dos jogadores, e até onde eles “aguentariam o alto nível”.
O estudante, Eric Makoto Miyamura, 12 anos, chegou da capital de São Paulo na sexta-feira à noite, para o treino de ontem, e afirma estar no esporte há seis anos, mas na seleção há três anos. Questionado sobre a preparação para os campeonatos, o garoto afirma estar ansioso para a viagem. “Vou com a equipe para o Pré-Mundial do México e nunca fui para lá, mesmo já tendo viajado por competições a outros países. A expectativa é boa, pelo torneio ser importante”.
Já o prudentino, Emmanuel Madeira, 11 anos, começou aos quatro anos de idade no esporte, e lembra ter sido motivado pela possibilidade de conhecer novos amigos e aprender as técnicas do esporte. “No começo foi um pouco difícil, mas hoje está bem legal. Estou na seleção há dois anos e vejo que a preparação está sendo difícil, mas chegaremos lá com um pouco mais de treino”, expõe.
