Se usados sem prudência, veículos se transformam em armas letais

EDITORIAL -

Data 21/11/2019
Horário 04:30

Os acidentes de trânsito aparecem com frequência nos noticiários. Mesmo que os casos sejam corriqueiros, sempre ficamos chocados e entristecidos quando há vítimas fatais. São famílias e amigos que precisam se despedir precocemente de pessoas queridas, muitas vezes, vítimas de um trânsito violento e imprudente. No último feriado, período em que o tráfego de veículos se intensifica nas rodovias, houve um aumento de 17,87% nos flagrantes de excesso de velocidade registrados por imagens – 811 durante a Operação República deste ano, contra 688 em 2018.

O abuso de velocidade é fator determinante para a gravidade dos acidentes. Os condutores devem se conscientizar e respeitar os limites impostos nas rodovias. Se houvesse mais prudência na frente do volante com certeza evitaria que muitas vidas fossem ceifadas. Quem já teve o infortúnio de presenciar um acidente de trânsito grave jamais conseguirá apagar da memória cenas tão chocantes.

O veículo pode se transformar em uma arma letal caso seja utilizado indevidamente. Além dos registros referentes ao excesso de velocidade, outro flagrante que preocupa as autoridades policiais é a falta do uso do cinto de segurança. Este item, crucial para salvar vidas, foi deixado de lado em muitos casos em que acidentes terminaram com mortes. Mesmo assim, há diversos motoristas e passageiros que simplesmente seguem ignorando a sua importância.

Em estradas regionais, só no último feriado, os policiais conseguiram flagrar 85 condutores sem o apetrecho de segurança. Muitos outros que também estavam sem o cinto certamente se “safaram” da fiscalização, mas não do risco que correram ao transitar pelas rodovias sem a devida proteção.

Custa acreditar que, mesmo diante de tantas campanhas de conscientização, de tantos exemplos de pessoas que ficaram com sequelas de acidentes de trânsito e de tantas famílias que perderam pais, filhos, esposas, maridos, irmãos, ainda exista tamanha imprudência no trânsito. Não é possível que as pessoas ainda não tenham percebido o sério risco que correm ao desrespeitarem as leis. Se elas existem é para serem cumpridas. E elas não foram criadas à toa. E sim para proteger a vida e integridade física de motoristas, passageiros e pedestres, ou seja, de todos nós.

 

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