A chegada de um novo ano, para qualquer cidadão brasileiro, é sinônimo de renovação, mas, ao mesmo tempo, representa também a vinda de contas sazonais e que são conhecidas, como o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), além de materiais escolares, uniformes e demais contas. Talvez por isso é que, segundo os comerciantes de Presidente Prudente, a movimentação no primeiro trimestre do ano apresentou resultados que não agradaram, fato que também foi notado pelo Sincomercio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente). “Nosso aumento do ano passado para esse, mesmo sem dados exatos, não chega a 3% e isso nos preocupa, mas também diz que não regredimos”, afirma o presidente Vitalino Crellis.
Ele lembra que janeiro já tem um histórico de ser “ruim” em vendas, já que é quando as pessoas acabaram de sair do período de compras do fim de ano, como no Natal, e já se preparam para a chegada das contas sazonais. Ele lembra, no entanto, que normalmente a partir do início de março é que as lojas começam a vender mais, o que não ocorreu neste ano. “Por isso, estimamos que a partir do segundo trimestre as coisas voltem à sua normalidade, pois ainda não está bom como queríamos esse início de ano”.
Justamente para melhorar o comércio da cidade é que o Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente afirmou que nos próximos dias deve lançar uma promoção, cujo objetivo é o de fomentar as vendas locais com a premiação de uma viagem para o Nordeste para os moradores da cidade e região. “Será lançada a partir do início de maio e já estamos buscando adesão das lojas para que ela seja um sucesso”. Do cenário atual, o setor de vestuário e calçados são os que mais se destacam.
A vendedora da Carolina Calçados, Aparecida Marques, 52 anos, comenta que as vendas nos primeiros três meses do ano de 2019 foram “horríveis” e afirma que no ano passado o cenário encontrado pelos lojistas era “bem melhor”. “O pessoal antigamente vinha ver o que tínhamos, os preços e tudo mais. Hoje, nem procura tem e olha que não é por falta de mercadorias, viu?”, fala.
Aparecida lembra ainda que vê a situação como preocupante, já que ela não acha que há incentivos para que moradores da cidade e região acreditem no comércio prudentino. “Temos oferecido descontos e promoções especiais para atrair clientes, mas nem assim está indo para frente”.O mesmo ocorre no Empório do 1,99, conforme informações da vendedora Luana da Silva, 26 anos. Segundo ela, a expectativa para os próximos meses não é a das melhores, já que eles tiram como base as vendas dos meses anteriores. “Foi péssimo demais e acho que as pessoas ainda estão se segurando por causa dos gastos que possuem. De qualquer forma, ano passado foi bem melhor e temos medo dos próximos meses. É preocupante”, finaliza.