Revolução constitucionalista é contada em gibi

Livreto relembra objetivos e importância do movimento liderado por paulistas e a adesão dos prudentinos, oito deles mortalmente feridos no front

VARIEDADES - WEVERSON NASCIMENTO

Data 27/06/2019
Horário 06:10
Weverson Nascimento: Lançamento do gibi reuniu profissionais militares, poder público municipal e imprensa

A revolução constitucionalista de 1932 foi uma luta armada ocorrida em São Paulo e, na ocasião, 1.100 cidadãos prudentinos também responderam ao chamado da democracia e formaram um batalhão de voluntários. É capaz que você já tenha transitado pelas ruas ou avenidas conhecidas como Tenente Nicolau Maffei, Tenente Casemiro Dias ou pela praça central, a 9 de Julho. Hoje, elas levam esse nome porque foram estes prudentinos que lutaram, tornando-os verdadeiros símbolos combatentes. Para resgatar e valorizar essa memória junto às novas gerações, ontem foi lançado um gibi que relembra os objetivos e a importância do movimento liderado por paulistas e a adesão dos prudentinos, oito deles mortalmente feridos no front.

Destinado a estudantes de 10 a 12 anos das redes de ensino municipal e estadual, o projeto foi viabilizado pela parceria entre a Polícia Militar e o Núcleo de Presidente Prudente da Sociedade de Veteranos de 32 MMDC, e a Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), local do lançamento. Para tanto, o principal objetivo dos órgãos é que o projeto de conscientização através do cartoon seja feita até 2032, data a qual será comemorado o centenário da revolução constitucionalista.

Segundo o Major da Polícia Militar do 18º Batalhão de Presidente Prudente, Luis Nelson Disaró, o projeto nasceu em 2018 depois da comemoração dos 86 anos da revolução. A proposta era levar ao público-alvo, crianças e adolescentes, o conhecimento sobre a data histórica e a participação do município na batalha. Diante de um cenário de esquecimento, considera que a revisão dos currículos escolares se estuda apenas a revolução em âmbito estadual e ressalta a importância de compreender também, a participação de Presidente Prudente no combate. “Nós tivemos um batalhão de voluntários. Então, às vezes a juventude passa e não sabe o porquê tal local leva esse nome. Assim, temos o intuito de levar o conhecimento para as gerações mais jovens, para perpetuar a memória da revolução de 1932. Precisamos renascer e difundir o fato para manter sempre viva a história dessas pessoas que ajudaram no desenvolvimento de Prudente. Na época da revolução, o município tinha apenas 15 anos de emancipação, e depois do ato foi alavancando e tomando seu lugar na região”, conta.

O desenvolvimento

Sobre esse apoio, o presidente da Acipp, Ricardo Anderson Ribeiro, comenta que a revolução de 32 está se tornando uma data esquecida. Então, a junção dos órgãos decidiu fazer uma cartilha para que possa ser distribuída todos os anos em escolas. “O projeto inicia agora em 2019 e ao longo dos 13 anos de atividade em sala de aula, temos o objetivo de distribuir em torno de 100 mil revistas” declara.

Segundo o professor de ilustração digital Hélio Gomes, responsável pela criação do personagem e a produção gráfica da cartilha, no gibi, a produção retrata a histórias dos prudentinos em combate. “Criamos toda a produção neste estilo de cartoon, linha em que a criança vê e se interessa. A história se passa em uma sala de aula em que o professor interage com os alunos em cima do assunto” diz.

Da tiragem inicial de 7 mil exemplares, 4 mil serão destinados às escolas e os demais, distribuídos à comunidade no dia 9 de julho – aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932 e principal feriado cívico paulista –, durante o evento que a Polícia Militar tradicionalmente realiza na Praça 9 de Julho. Ontem, o lançamento fechado ocorreu na Acipp e reuniu profissionais militares, o poder público municipal e a imprensa.

 

“Um paulista não se entrega”

- Tenente Coronel Miguel Brisola de Oliveira, era comandante do batalhão de Presidente Prudente e foi o responsável direto pela formação e organização. Em homenagem, seu nome foi dado ao Parque de Uso Múltiplo.

- Major Médico Domingos Leonardo Ceravolo, foi chefe do serviço médico do batalhão prudentino. Atualmente, seu nome foi dado ao HR (Hospital Regional de Presidente Prudente).

- Tenente Nicolau Maffei, tem seu nome imortalizado na rua do Calçadão.

- Tenente Casemiro Dias, comandava uma patrulha de reconhecimento, missão dada aos mais valentes e hoje, seu nome é registrado em uma das principais ruas da cidade.

 

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