Resultado de projeto depende da participação efetiva da sociedade

EDITORIAL -

Data 18/04/2018
Horário 09:24

Ao nascer, o primeiro grupo de pessoas com quem o bebê tem contato é a família. Independente dos laços de sangue, se eles existem ou não, para o pleno desenvolvimento de sua personalidade, esta criança necessita de amparo, proteção e amor - a base fundamental de qualquer relacionamento. Quando ela é amada, recebe além de carinho, respeito, limites, disciplina e atenção. Este é o suporte que toda criança e adolescente precisa, mas, infelizmente, muitos não têm.

É possível ver hoje inúmeros deles nas ruas, sem lar, sem família, pedindo o que comer. Trabalhando desde cedo para ajudar no sustento da casa ou, pior ainda, já fazendo parte do mundo das drogas ou do crime. Outros se encontram em abrigos, à espera de adoção ou de um acolhimento provisório.

Neste último caso, quando uma criança ou adolescente é vítima de um conflito familiar, está em situação de risco pessoal ou social, ele pode acabar sendo recolhido do meio em que vive e encaminhado pelo Fórum ou Assistência Social para uma entidade. Pensando na ressocialização destes menores, o Lar dos Meninos de Presidente Prudente realiza desde 1993, o projeto Família Acolhedora.

A ação, que visa oferecer acolhimento temporário, de um a dois anos, a atendidos de zero a 18 anos - cujas famílias estejam por um determinado tempo impossibilitadas de exercer sua função de proteção e cuidado - conta atualmente com 35 assistidos e três grupos familiares cadastrados. O intuito é aumentar este número, já que há muitas crianças e jovens à espera de um lar.

A família que se interessar passará por uma seleção. Cumprindo os pré-requisitos, como residir na cidade, ter mais de 25 anos e não possuir a pretensão de adotar, ela participará de uma capacitação, a fim de promover a melhor relação para ambos.

Mesmo que o acolhimento seja temporário, já que o assistido deve voltar depois de um tempo para sua família de origem ou substituta (em casos de adoção), é extremamente importante que as pessoas com disponibilidade e capacidade de amar e cuidar destes pequenos integrem o projeto e contribuam. A oportunidade de conviver com outras realidades, de sentir o afeto e o cuidado, acaba por fortalecer o desenvolvimento dessas crianças e adolescentes que passam pelo serviço. Muitas vezes o poder judiciário coloca o pequeno em uma entidade onde, por melhor que seja o tratamento oferecido, não são criados vínculos familiares, tão fundamentais na vida dele.

É importante é que eles vivam, independente do tempo, com pessoas que os amem, amparem, protejam e ensinem seus deveres e direitos. O principal laço que deve uni-los, acima de tudo, é o do amor.

 

Publicidade

Veja também