Respeito às mulheres independe de celebração

EDITORIAL - DA REDAÇÃO

Data 14/03/2020
Horário 04:52

No Dia Internacional da Mulher, celebrado no último domingo, O Imparcial publicou reportagens especiais que contaram as histórias de luta de personagens que atuam em atividades profissionais distintas. No âmbito policial, foi apresentado o perfil da soldado Anna Caroline Funayama Soares, do 8º Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), e, no cotidiano, o da margarida Maria Pinto Ferreira, que mantém a limpeza de Presidente Prudente há 26 anos.

Após a publicação das matérias, este diário obteve retorno positivo dos leitores, que parabenizaram a vivência das entrevistadas. Citações como: “mulher guerreira”; “admiro pessoas como você”; “todo o meu respeito”; “força e garra” e “linda homenagem” preencheram as lacunas de comentários das redes sociais – retorno mais que merecido às homenageadas, que enfrentam diariamente os preconceitos envolvidos dentro da profissão que escolheram. Mas será que a sociedade realmente enxerga o valor destas mulheres no cotidiano?

Mesmo diante das conquistas alcançadas por elas no decorrer dos anos, ainda existe muita discrepância quando levado em conta sua atuação profissional. Isso porque a sociedade enxerga com maus olhos a mulher que dirige caminhão; aquela que trabalha em obras ou a que conserta carros. Quem disse que essas profissões precisam ser necessariamente masculinas? Quando dentro destes ambientes, são questionadas quanto à sexualidade ou modo de vida – é aí que surge o preconceito. Tais apontamentos, mesmo que “na brincadeira”, acabam contribuindo para alimentar a desigualdade entre homem e mulher, não apenas no ambiente de trabalho, mas na rotina do dia a dia.

Logo, não bastam apenas elogios em referência ao Dia da Mulher, elas devem ser respeitadas e lembradas todos os dias. Cada vez mais empoderadas, é preciso que a união entre o sexo feminino esteja em constante reforço, a fim de mostrar à sociedade que o lugar delas é onde elas quiserem estar!

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