Embora muitas pessoas não admitam, o preconceito racial continua existindo no Brasil. Um apelido sem graça na escola ou até mesmo depois de adulto entre os próprios colegas de serviço. Ficar entre os últimos a serem escolhidos para um time de futebol, ser perseguido ou confundido na rua e até mesmo não passar em uma entrevista de emprego, somente pela cor da pele. Há quem diga que tudo isso é exagero. Claro que estas atitudes na maioria das vezes não são tão escancaradas. Mas essa ainda é, infelizmente, a realidade que muitos negros enfrentam constantemente.
Vários estudos, a maioria oficiais, mostram que o negro não tem grandes oportunidades de estudo e, consequentemente, enfrenta mais dificuldades que os brancos no mercado de trabalho. Os índices revelam entre este público grande índice de desempregados, com salários e cargos inferiores. Até nas novelas vemos um número bem menor deles atuando. A verdade é que 130 anos após a abolição da escravatura, a população negra ainda sofre com a desigualdade e o preconceito.
Comemorado em todo o país em 20 de novembro, para homenagear Zumbi - líder do Quilombo dos Palmares que lutou para preservar a vida dos africanos que conseguiam fugir da escravidão - o Dia da Consciência Negra tem como objetivo também promover uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil, que acabaram influenciando diversas áreas do país, como a música, a política, a religião e até mesmo a gastronomia.
Em Presidente Prudente, em alusão à data, uma extensa programação tem sido desenvolvida durante todo o mês, em diferentes espaços da cidade. E assim ocorre todos os anos. Exposições artísticas, seminários, apresentações musicais e de capoeira, oficinas, desfiles de beleza e encontros religiosos. Na manhã de ontem, 360 alunos da Escola Estadual de Ensino Integral Professor Joel Antônio de Lima Genésio celebraram o dia, com o projeto Amor, Respeito e Tolerância e curiosas intervenções. Tudo visando a conscientização. Iniciativas extremamente importantes. Palavras que devem ser colocadas em prática ontem, hoje e sempre, independente de sexo, cor ou religião.
