Resolução da Anvisa autoriza farmácias a aplicar vacinas

Para Conselho Regional de Farmácia de Prudente, medida beneficia consumidor, pela possibilidade de baratear custos das doses

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 14/12/2017
Horário 11:32

Na manhã de ontem, uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) foi aprovada e garante que farmácias e drogarias de todo o país podem oferecer o serviço de vacinação a clientes. Em algumas unidades de federação, como no Estado de São Paulo, algumas localidades já conseguiam realizar a aplicação, o que não era o caso de Presidente Prudente, que agora passa a ter a possibilidade de atendimento. De acordo com o CRF-SP (Conselho Regional de Farmácia) de Presidente Prudente, a novidade vem para contribuir.

Pelo menos é o que garante a diretora do órgão, Rosilene Martins Viel. À reportagem, ela conta que agora qualquer tipo de vacina poderá ser aplicada, sem restrição, e volta a dizer que em Prudente é uma novidade também. Como exemplo de benefício, ela destaca o maior número de locais oferecendo os serviços, em benefício ao consumidor, além da possibilidade de baratear os custos. “Hoje, com poucas clínicas com a capacidade de oferecer, acaba ocorrendo a monopolização dos valores. Sendo sim, mais opção, mais concorrência e valores mais disputados”, explica.

 

“Hoje, com poucas clínicas com a capacidade de oferecer as doses, acaba ocorrendo a monopolização dos valores. Sendo sim, mais opção, mais concorrência e valores mais disputados”

Rosilene Martins Viel,

diretora do CRF de Prudente

 

E quem gosta disso são os clientes. Para o estudante Caio Silva, 25 anos, o maior ganho realmente é o barateamento dos custos, possibilitando mais opções para procura. “Além do fato de termos o acesso mais fácil, perto de casa, sem precisar se deslocar para hospitais que estão longe e que também podem apresentar demora”, pontua.

Contudo, o assunto divide opiniões. O empresário Jonas do Carmo, 26 anos, acredita que as farmácias não estão preparadas para atender esse público. Para ilustrar isso, ele coloca a situação da seguinte forma: “Se no hospital a gente, às vezes, lida com o erro médico, imagina em locais afastados?”, questiona. Ainda de acordo com ele, a falta de confiança é gerada por outros problemas enfrentados pela falta de preparo dos profissionais.

A Anvisa, talvez prevendo esse posicionamento, colocou algumas exigências para os estabelecimentos, tais como: estar inscrito no CNES (Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde), disponibilizar o calendário nacional de vacinação e os tipos de medicamentos disponíveis aos clientes, além de designar um responsável para a aplicação. A diretora regional do CRF-SP lembra que futuramente novas regras podem surgir, mas Prudente sempre foi preparada.

Na Farmácia Prudenfarma, por exemplo, o funcionário Cláudio Roberto dos Santos garante que o local está aguardando por mais explicações dessas exigências, para que o estabelecimento entenda se está adequado ou não para aproveitar de mais esse serviço. Porém, ele lembra que a situação melhora sim, abrindo possibilidade de mais faturamento. Nenhuma farmácia ou drogaria é obrigada a se adequar e oferecer a aplicação.

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