Repasses do seguro-desemprego têm queda de 26%

O seguro-desemprego, conforme o Ministério da Economia, é um benefício que tem como finalidade promover a assistência financeira temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente. Nos 53 municípios da 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, que é a região de Presidente Prudente, o montante pago nos primeiros oito meses deste ano caiu 26%, se comparado ao mesmo período do ano passado. Isso porque a quantia passou de R$ 100.547.283,70 para R$ 74.296.623,90. Para o economista Walter Dallari, este pode ser o resultado de uma difícil recolocação no mercado de trabalho, o que faz com que os trabalhadores se mantenham nas vagas já ocupadas.

Os dados do Ministério da Economia revelam que, consequentemente, a quantidade de requerimentos do benefício também apresentou queda, esta de 6,9%, já que foram de 19.846 nos oito primeiros meses do ano passado, para 18.462 neste ano. “Além de outros fatores, eu diria que as pessoas estão preservando os seus empregos, não há mais aquela troca comum quando estamos em plena fase de oferta de vagas”, revela o economista.

Além disso, o especialista relata que podem ser citados fatores como resultados da queda, como a busca mais rápida por uma vaga no mercado de trabalho, o que faz com que as pessoas dispensem o recebimento do seguro-desemprego – e que as impediria de trabalhar formalmente, e uma fiscalização mais atenta em relação aos casos irregulares. “Fora isso, há o aumento na procura por vagas temporárias e que não dão acesso ao benefício”.

Sobre o uso do dinheiro recebido, quando há o pagamento, Dallari relata que o momento é o de economia, quando possível, já que não é possível estimar quando haverá novamente uma recolocação no mercado de trabalho. “As coisas estão melhorando no nosso país, mas nada de aceleração em curto prazo. Por isso a necessidade da cautela”, pontua.

Tem direito ao seguro-desemprego:

- Trabalhador formal e doméstico, em virtude da dispensa sem justa causa, inclusive dispensa indireta;

- Trabalhador formal com contrato de trabalho suspenso em virtude de participação em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador;

- Pescador profissional durante o período do defeso;

- Trabalhador resgatado da condição semelhante à de escravo.

Fonte: Caixa Econômica Federal