Renegociação de dívidas no Procon aumenta 22,39%

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 04/04/2018
Horário 12:00

A correria do dia a dia, o desemprego e até mesmo a falta de atenção podem fazer com que a pessoa demore em pagar uma conta bancária. Após o atraso, os juros aumentam e o valor da dívida pode até dobrar, caso ela não seja paga. Para que haja uma tentativa de renegociação entre o devedor e a empresa, o Procon Municipal pode ser uma opção para aqueles que buscam um acordo entre as partes para quitar o débito.

Em 2016, o órgão atendeu em Presidente Prudente 317 pessoas endividadas. No ano de 2017, o número de atendimentos aumentou para 388, o que representa 22,39% a mais que o ano anterior. Do início de janeiro até os primeiros dias de fevereiro, o órgão registrou 32 atendimentos que envolvem renegociação de débitos.

Para Mariane Bezerra Furuzawa, coordenadora do Procon Municipal, o órgão oferece um serviço que auxilia as pessoas em débitos e visa diminuir os encargos sobre eles. Ela afirma que o início do ano é a época em que mais pessoas procuram ajuda para resolver o endividamento e esclarece que “dívida relacionada ao cartão de crédito é o maior problema dos prudentinos que buscam o serviço”. Mariane frisa que é importante que o consumidor entre em contato com a operadora do cartão antes do atendimento no órgão, desta forma “ela consegue estudar as maneiras de parcelar”.

 

Dor de cabeça

A empresária Terezinha Ribeiro Silva Simão, 55 anos, é dona de uma loja de roupas. Há alguns meses ela tenta lidar com as atitudes de clientes devedores, o que prejudica o seu comércio. Terezinha afirma que existem pessoas que devem há mais de um ano, mas que a resposta no momento da cobrança é sempre “a falta de dinheiro”. A empresária diz que a maior prejudicada é ela porque se torna “uma corrente”.

Para a cozinheira Vera Lúcia Coutinho, 58 anos, o endividamento com uma imobiliária tem dado “dor de cabeça” cotidianamente. Vera conta que pagava o aluguel de um pensionato que dividia com outros moradores e que, no mês de janeiro, o restante das pessoas deixou de pagar o valor de R$ 1.650 e a dívida sobrou para ela. “Eu não tenho condições de pagar; preciso ver de renegociar essa dívida”, lamenta.

A coordenadora do Proncon Municipal diz que é importante que o consumidor tenha em mente que o órgão faz uma tentativa de renegociação e “não é certeza que o problema da dívida será solucionado, pois depende da empresa ceder um determinado prazo para pagamento com parcelas ou descontos”.

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