A Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) divulgou na última semana uma pesquisa que traça a evolução dos empregos formais no Estado de São Paulo e suas regiões no primeiro trimestre deste ano. Na RA (Região Administrativa) de Presidente Prudente, que é a 10ª do Estado de São Paulo, o período apresentou cenário positivo, ao terminar com o saldo de 2.139 vagas. Número que resulta de 16.464 admissões e 14.325 desligamentos. De acordo com o levantamento, a região detém 1,3% das ocupações.
A situação ainda pode ser fomentada pela variação de determinados setores. Na pesquisa, a fundação analisa especificamente as categorias agricultura, indústria, construção civil, comércio e serviços. No primeiro trimestre de 2019, exceto o comércio, todos tiveram uma variação positiva, se comparada com a performance mais recente: último trimestre de 2018.
De forma detalhada e sequencial (veja tabela), o desempenho ficou da seguinte maneira: agricultura com superávit de 8,8%; construção civil com variação de 4,3%; serviços 2%; indústria 0,6%; e comércio com déficit de 1%. A Fundação se baseia nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
Nas duas pontas estão a agricultura e o comércio. Do lado positivo, o presidente do Sindicato Rural de Presidente Prudente, Carlos Roberto Biancardi, explica que a situação é influenciada pelo reflexo nas contratações de início de ano, destinada à colheita da cana-de-açúcar. Prova disso, é que a própria pesquisa coloca o trabalhador da cultura como a ocupação com maior saldo positivo, sendo um superávit de 942, ainda em comparação com o trimestre anterior.
Contudo, ele sabe e garante que isso não é um grande sinal de melhoria. Muito pelo contrário, já que Biancardi explica que o setor já está em baixa, no limite possível, por isso, qualquer melhoria será vista como um grande número. “É tipo você estar no zero e mudar para um. Isso será um aumento de 100%. O setor está em recuperação, mas ainda sofre”, pontua.
Comércio
Assim como o comércio, a julgar pelos dados da pesquisa. Com déficit de 1%, o setor fechou com o pior número entre os demais. O presidente do Sincomercio (Sindicato Comércio Varejista Presidente Prudente), Vitalino Crellis, destaca que realmente esse é o cenário de início de ano. “Janeiro foi difícil. E é impulsionado pelas grandes contas como IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores] e IPTU [Imposto Predial e Territorial Urbano], que acaba refletindo no gasto com o comércio”, diz. À reportagem, Vitalino argumenta que o trimestre sequencial tende a ser melhor.
CENÁRIO REGIONAL - EMPREGO FORMAL |
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Setor |
1º trim. 2019/4º trim. 2018 |
1º trim. 2019/1º trim. 2018 |
Agricultura |
8,8% |
-2,4% |
Indústria |
0,6% |
-4,1% |
Construção civil |
4,3% |
5% |
Comércio |
-1% |
0,3% |
Serviços |
2% |
2,6% |
Fonte: Fundação Seade