Redução do uso do canudinho é primeiro passo para a mudança

EDITORIAL -

Data 09/06/2019
Horário 04:00

Antes de encerrar a semana em que comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, lembrado no dia 5 de junho, cabe ressaltar neste espaço uma das pautas sustentáveis mais atuais do momento: a abolição do canudinho. Antes banalmente distribuídos em todos os estabelecimentos comerciais, esses itens de plástico estão com os dias contados em Presidente Prudente. Isso porque, a partir de janeiro de 2020, passa a valer na cidade a Lei Municipal 9.774/2018, que obriga os comerciantes e ambulantes a fornecerem a seus clientes apenas canudos comestíveis e/ou de papel biodegradável. Embora os vendedores ainda tenham alguns meses para cumprir a medida, muitos já estão fazendo a transição e oferecendo alternativas mais ecológicas e menos nocivas ao meio ambiente, conforme relatado em uma reportagem publicada nesta semana em O Imparcial.

A nova regulamentação é digna de nota e deve ser evidenciada, uma vez que é um esforço do poder público de ajudar a construir uma cidade com maior consciência ambiental. Embora seja divertido, o uso de canudos é despropositado, afinal, não há problema nenhum em ingerir a bebida direto da embalagem ou do copo de vidro, por exemplo. Enraizado na cultura do consumo, este instrumento aparentemente inofensivo se tornou um hábito que pode ser facilmente abandonado, sem gerar qualquer tipo de transtorno para quem automaticamente o utilizava, sem nunca racionalizar os perigos disso.

Ainda que se trate de um item reciclável, nem sempre o canudinho é destinado para onde deveria ser o seu fim: uma central de reciclagem. Por consistir em um material não biodegradável, quando disposto de forma inadequada no meio ambiente, ele pode chegar ao mar ou ficar indefinidamente no lixão, passando por um processo de desintegração lento e expondo toda a fauna e flora a prejuízos permanentes. É claro que o canudo não é o maior vilão da natureza e nem o único. Ainda que seu consumo seja reduzido, a carga de plástico gerada pelos seres humanos permanecerá como um problema global. No entanto, esta lei e a mudança de comportamento decorrente dela já são um primeiro passo para a mudança acontecer. Gradual, é claro, mas, ainda assim, um avanço.

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