Reaproveitamento de materiais promove educação

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 22/09/2018
Horário 04:01
Colégio Cooperativo/Cedida - Colégio envolve alunos na separação de materiais destinados à Cooperlix
Colégio Cooperativo/Cedida - Colégio envolve alunos na separação de materiais destinados à Cooperlix

Que um mais um é dois isso todo mundo sabe e aprende fácil no período escolar. Por outro lado, a ideia de que a separação correta do lixo, bem como o reaproveitamento de materiais, pode ser benéfica ao meio ambiente é um processo de aprendizado mais lento. Mas, na contracorrente, aqui mesmo em Presidente Prudente, há quem realize ações no dia a dia, com o objetivo de promover a educação, além de auxiliar na destinação correta do lixo.

E ao pensar num processo educacional, automaticamente se remete às escolas. Por mais que dentro do quadro curricular não exista uma matéria específica que fale da separação, coleta e destinação do lixo, no Colégio Cooperativo o ensinamento é feito por meio de ações. Por lá, bags da Cooperlix ficam espalhadas pelo local, para que os funcionários possam separar os materiais descartáveis corretamente. Isso não quer dizer que os estudantes não fazem parte da atividade. “Eles recebem a orientação correta, para que possam entender todo o processo”, completa.

Processo que também pode ser misturado com a arte. Em Prudente, o Atêlie Bebeta, por exemplo, tem uma atividade exatamente designada para isso, com investimento direto na base: as crianças. É que pelo menos uma vez na semana há a oficina de educação artística para os pequenos de 1 a 12 anos. Uma das proprietárias, Cristina de Rezende Junqueira Pavarina, explica que a ação é desenvolver brinquedos através dos materiais que podem ser reciclados. “O melhor de tudo é que ficam com eles as produções realizadas”, destaca.

E tudo é válido. Rolo de papel higiênico. Jornal. Garrafas pet. Tampinhas. Enfim, tudo o que puder ser reaproveitado é utilizado. Durante as aulas, que são lecionadas intercaladamente - com outros materiais -, Cristina conta que eles buscam mostrar a eles a importância de reaproveitar o que é considerado lixo, mas nem sempre é. “Em uma hora de aula, eles aprendem duas coisas: a parte artística e a sustentabilidade”, expõe.

Você cria minhocas?

Além da preocupação com o meio ambiente, reutilizar materiais pode promover movimentação financeira, seja com ganho ou corte de gastos. E dentro de casa, a jornalista Cláudia Junqueira é uma das pessoas que reaproveita tudo o que é possível. Caixinha de leite, garrafa pet e garrafa de vidro? Vira vaso de planta. Até o lixo orgânico, o resto de alimentos, também é reaproveitado e vira comida de minhoca.

Sim, Cláudia cria minhocas e ela garante que esse estranhamento é causado a todos que ela conta, o que para ela não deveria acontecer. Em casa tudo ela recicla, pelo menos há 15 anos. E na sequência das ações sustentáveis tem a composteira, local onde ficam as minhocas. “Quando eu conto para as pessoas que faço compostagem, todo mundo acha diferente. Mas isso me ajuda. Eu não gasto mais com adubo, fertilizante, nada”, explica. Para ela, é ainda melhor, já que jardinar é um dos seus hobbies.

Questionada sobre o que a motivou a se empenhar nesse estilo de vida, Cláudia responde que “quem lê bastante sobre o assunto, vê por aí os mares entupidos de lixo, e se inclui como parte disso, passa a ter mais consciência”. Ela, que morou na Espanha, onde conheceu uma ONG (organização não governamental) ambiental para a qual trabalha até hoje, teve experiências o suficiente para entender que um simples jogar de garrafinha no chão não é tão simples assim.

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