Rapaz de 22 anos é morto por dois tiros efetuados por PM

Depois de ouvidas testemunhas sobre o fato, Polícia Civil trata o caso como legitima defesa; jovem apontou arma falsa aos agentes

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 04/02/2019
Horário 13:42
Polícia Civil - Simulacro de arma de fogo teria sido apontado aos policiais
Polícia Civil - Simulacro de arma de fogo teria sido apontado aos policiais

A morte de um rapaz de 22 anos é investigada pela Polícia Civil em Primavera, distrito de Rosana. Na noite de domingo, o indivíduo foi morto por disparos de arma de fogo efetuados por um policial militar durante atendimento a uma ocorrência de perturbação no centro da cidade. Até o momento, o caso é registrado como homicídio simples decorrente de intervenção policial, com excludente de ilicitude, ou seja, quando a pessoa age em legitime defesa.

O delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão explica que os policiais haviam sido acionados via Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) para comparecer ao local no final da tarde, onde o denunciante dizia que o indivíduo estaria alterado, causando desentendimento com a vizinhança sob efeito de álcool e droga. Diante disso, a equipe se dirigiu ao endereço e abordou o rapaz. Em conversa com ele, foi verificado que ele estava calmo, então, não viram motivos para intervenção.

“Aproximadamente uma hora depois da abordagem, os militares foram novamente acionados pelo mesmo motivo e se deslocaram ao imóvel em conjunto com o Corpo de Bombeiros. Chegando lá, viram o indivíduo agitado e sujo de sangue, com um objeto suspeito em mãos, momento em que ele correu para dentro da casa indagando o motivo de os policiais terem retornado”, relata a autoridade. Conforme a versão de testemunhas, os policiais tentaram verbalizar com o rapaz, no entanto, o mesmo surgiu com o simulacro de arma de fogo e apontou a eles.

Dois disparos

Até então, os militares não sabiam que se tratava de uma arma de fogo falsa, mas, diante de ameaça um policial de 30 anos efetuou dois disparos que atingiram o tórax do envolvido. Ele chegou a ser socorrido pela unidade de resgate do Corpo de Bombeiros, que constatou o óbito ainda na residência. “Foi vistoriado o corpo da vítima no necrotério e constatadas duas lesões de arma de fogo no corpo. Ouvimos cinco testemunhas sobre o fato que, apesar de não terem visto a ação por completo, as versões corroboraram com o relato dos policiais”, pontua o delegado.

“O que se entendeu até ontem, com os elementos disponíveis e versões trazidas até a Delegacia de Polícia Civil, é que o policial agiu em legitime defesa. O simulacro e a arma de fogo de calibre 40 foram apreendidas para posterior análise pericial”. Por meio de nota, a Polícia Militar informou que foi instaurado um inquérito para apurar os fatos.

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