Que valor damos ao equilíbrio?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 21/03/2018
Horário 11:50

Na correria do dia a dia, é natural que nossas buscas se tornem ou precisem seguir um ritual que talvez não saibamos o verdadeiro sentido do equilíbrio, o que, independente de sua função ou formação, sentimos que as pessoas correm, correm e muito, na procura do que lhes satisfazer. Talvez, neste exato momento o que mais me interessa é fazer o que tem que ser feito, devido essa correria que nos impulsiona a chegar logo. Tudo bem, chegar logo onde? No trabalho que me espera? Levar o filho que já está atrasado para a escola? Entregar aquela encomenda que já venceu o prazo de entrega? Levar algum parente ao hospital, porque esta noite não passou bem? Pagar aquela dívida que já algum tempo já venceu? Visitar alguém que desde então já havia prometido e hoje, sem dúvida, será o dia... e por ai vai.

E você, na mais sublime inocência de sua rotina, que praticamente já virou um hábito até sarcástico de sua tribulação, sem muito perceber recorre ao sofá mais próximo e tibum, cai e por ali resolve ficar. E lhe cabe à pergunta que sempre lhe fazem, mas que talvez não tenha esse tempo para você. E eu, como faço para cuidar de mim? O que tenho feito para encarar essa correria que mostra que não tem fim e me cobra todos os dias que é preciso fazer e pronto.

Seria isso chover no molhado? Insistir que o óbvio existe e que na maioria das vezes entendemos, mas que não praticamos e isso se torna insano quando repetidas vezes insistimos e não tomamos nenhuma providência do agir e realizar, do que necessariamente precisa ser feito. Nosso tempo, sem sombra de dúvida, pelo menos nessa geração, não vai ultrapassar das 24 horas existentes. Isso na verdade sempre foi e será implacável. Cabe-nos, caso entendemos essa sutileza que não fica imune a nada, e que pelo menos 16 horas do dia já são direcionadas pelas práticas naturais, que dormir e trabalhar faz parte. E o que você tem feito na distribuição das outras oito horas do dia?

É normal e natural e que, a maioria das pessoas se roubam de algum tempo para se justificarem daquilo que as dominam e as calam. Por exemplo, o dia de trabalho e que merece o seu verdadeiro descanso. Nada contra, mas é preciso uma distribuição melhor para que quando chegar o momento certo, você possa até relaxar e dormir. Isso é necessário e salutar. Ponto.

Talvez para a maioria das pessoas essa complexa rotina diária das coisas esteja interligadas a fatores que nos cobram de maneira mais sútil e delicada, e que precisamos entender que duas coisas jamais poderão se separar, se quisermos levar a vida numa boa: tempo e maturidade, são fatores que precisam caminhar juntos. Por mais que nossa ignorância não entenda e nem permita isso, essa complementação poderá beneficiar-nos por muito tempo.

A rotina, que talvez não nos permita esse equilíbrio entre tempo e maturidade, poderá nos corroer de forma devastadora, principalmente no estado das emoções quando nos torturamos nessa busca diária das coisas. Desde arrumar uma casa, levar um filho a escola, ir ao mercado, lavar roupas, receber uma visita, estudar, trabalhar, trabalhar, trabalhar e etc... é normal.

Nada disso poderá ser tão fácil, mas precisamos entender que apesar das rotinas diárias, dos desafios, sejam eles grandes ou não, busque e tente compartilhar toda essa ação que esteja muito próximo do que sempre vem querendo. E jamais se esqueça, que tudo isso é natural da vida e que haja muito esforço para que tudo o que você faça, (dentro de seu equilíbrio) procure a seletiva que, saúde sempre caminhe junto aos demais itens que por ventura considere ser tão importante para a sua vida. E como será seu dia hoje?

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