Qualidade do ar tende a cair em PP no inverno

No momento, cidade aparece constantemente na escala N1, qualificada como boa, do Qualar; porém, quadro deve mudar com o frio

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 22/04/2018
Horário 12:32

O inverno está chegando e, junto com ele, a escassez de chuvas. Esses fatores interferem no cotidiano, inclusive nos índices de qualidade do ar da cidade. O Qualar, mapa de qualidade da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), é uma ferramenta online atualizada de hora em hora. O foco é mostrar o índice de qualidade e o número de poluentes no ambiente de cidades da região metropolitana de São Paulo. Entre essas, Presidente Prudente aparece quase constantemente na escala N1, qualificada como boa, com índice 14 e três poluentes atmosféricos. Porém, esse quadro se modifica na época fria do ano, quando registra N2 amarelo, qualidade moderada.

Segundo o meteorologista Vagner Camarini, isso acontece por diversos fatores, mas o principal deles é a baixa umidade do ar, devido à falta de chuvas nessa estação. Isso, conforme ele, acarreta acúmulo de poeira e aumenta a permanêcia de fumaças na atmosfera. Nesses casos, existem alguns cuidados que devem ser tomados pela população, como a utilização de umidificadores de ar.

De acordo com a Cetesb, o nível de qualidade moderada afeta pessoas mais sensíveis como crianças e idosos, que tendem a apresentar tosse seca e cansaço. Para evitar problemas como esse e ajudar a manter os níveis de poluição baixos, a companhia orienta a não realizar queimadas ao ar livre e evitar o uso de automóveis, optando por bicicletas, caminhadas ou transportes coletivos.

A Cetesb explica que o bom índice constante da cidade se explica devido à ventilação e massas de ar frio sazonais que contribuem para o baixo nível de poluição. Fora isso, a vegetação é relevante para chegar a esse resultado, pois ajuda a preservar a umidade. “O crescimento da vegetação presente também ajuda com a absorção de CO2, que é um dos gases que provocam o efeito estufa, por isso, contribui de forma indireta”, explica o relatório.

 

Poluentes no ar

Os três poluentes encontrados no município são ozônio, dióxido de nitrogênio e partículas inaláveis. Segundo a companhia, em outubro de 2017 o ozônio, principal poluente, registrou 21 dias em qualidade boa, seis moderada e quatro ruim em Prudente. Esse poluente não é resultado de influência direta da atmosfera, ele nasce das reações dos outros dois elementos presentes no ar da cidade. “As épocas de concentrações mais elevadas de ozônio são primavera e verão, que têm maior radiação solar e temperaturas elevadas”, explana o documento. 

 

Como funciona o Qualar?

O cálculo é feito por meio de uma rede automática que consiste no conjunto de estações de monitoramento espalhadas pelo Estado. Essas estações avaliam os índices em tempo real. Os resultados colhidos são enviados para a central de telemetria e armazenados em um banco de dados, no qual passam por um processo de validação técnica. Após isso, são disponibilizados a cada uma hora no mapa de qualidade do ar, no site da companhia.

Para mais informações, confira tabela com os cuidados que devem ser adotados em cada um dos níveis de poluição do ar marcados na escala. “Dependendo do índice obtido, o ar recebe uma qualificação, uma nota para a qualidade do ar e uma cor”, afirma o Relatório de Qualidade do Ar da Cetesb. As cores têm como objetivo diferenciar os índices separando-os entre os cinco níveis de qualidade na escala de medição. Prudente é verde, que significa N1 – boa. O amarelo é usado para moderado, laranja para ruim, vermelho para muito ruim e roxo para péssima.

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