Prudentinos mantêm rotina durante o feriado

Mesmo em comemoração ao Dia do Trabalho e Trabalhador, muitos tiveram que levantar da cama e encarar o dia como outro qualquer, sem folga

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 02/05/2019
Horário 04:03
José Reis - Para alguns, o feriado não foi sinônimo de folga, como na Drogaria Lar dos Meninos
José Reis - Para alguns, o feriado não foi sinônimo de folga, como na Drogaria Lar dos Meninos

Dia do Trabalho, 1° de Maio. Em alusão ao trabalhador diário, muitos puderam comemorar a data em casa, descansando, ou até mesmo em lazer. Mas pra muitos, o Dia do Trabalho, na verdade, é sinônimo de mais serviço. Afinal, a cidade não pode parar e muitos serviços precisam continuar em operação. Sendo assim, alguns prudentinos não puderam contar com o descanso e tiveram que encarar a rotina normalmente. Inclusive em casos que a autonomia poderia dar lugar a escolha do próprio horário, e consequentemente, a opção de não trabalhar.

Mas essa não foi a escolha do Renan Almeida e Carlos Antunes Tavares de Almeida, que se encaixam no caso acima. Proprietários de uma farmácia, Drogaria Lar dos Meninos, cedo eles levantaram a porta do comércio e iniciaram as atividades. “Se a escolha for ficar em casa e se ausentar fica mais difícil, financeiramente falando”, completa Carlos. Ele ainda pontua que a situação do país está muito crítica.

Dessa forma, a rotina por lá, em todo feriado, é de revezamento: de manhã ele vai e de tarde vai Renan, ou o contrário. E devido a muitos locais fecharem, ele pontua que a movimentação acaba compensando e sendo boa. “Muita gente já sabe que a gente vai abrir e, se precisar, vem. Então, mesmo que com uma queda em relação aos dias normais, há movimento”, finaliza.

Hora extra

E usar a situação do país como um exemplo também foi a justificativa da auxiliar geral Ester Roseira da Silva. Funcionária de um sacolão de Prudente, ela conta que começou a trabalhar a pouco tempo, mas já teve de trabalhar em dois feriados. “Mas pra mim é bom. Vejo como uma oportunidade de ganhar um dinheiro a mais, por ser hora extra. O Brasil está difícil, por isso temos que agradecer a oportunidade”, complementa. No caso dela, ela não deixa de lembrar que em dias como esse o horário é flexível.

Quem também não reclamou de trabalhar no feriado foi o frentista de um posto de combustível, Osvaldo Sousa, que acredita que ter um emprego no atual cenário econômico e político é motivo de sobra para se sentir feliz. “E trata-se de um serviço que as pessoas precisam. Combustível, alguém sempre vai precisar. Então, tem coisas que não podem esperar. É como o serviço médico”, diz.

À reportagem, Osvaldo ainda lembra que, no local em que trabalha, há um cronograma que acaba ajudando a todos, havendo a possibilidade de intercalar feriados. “Dividimos as equipes, assim metade trabalha e metade folga. É uma forma justa de não nos prejudicar, mas também promover um descanso ao funcionário, que vai trabalhar mais feliz depois”, conclui.

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