Prudentinos confeccionam máscaras em impressora 3D

Profissionais da área da robótica, inspirados em ações de sucesso, desenvolveram o Projeto Higia contra o novo coronavírus; primeira leva de 200 itens será doada à Sesau

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 01/04/2020
Horário 06:54
Cedida - Impressora 3D é capaz de imprimir um suporte da máscara por hora
Cedida - Impressora 3D é capaz de imprimir um suporte da máscara por hora

A aliança entre tecnologia e espírito colaborativo rende frutos, e não é de hoje, para a sociedade. Em meio à crise de saúde ocasionada pela expansão do Covid-19, mais uma vez esses dois ingredientes se unem de forma a garantir melhores condições no enfrentamento desta batalha. Depois de conhecerem um projeto que visa confeccionar, em impressora 3D, máscaras com protetores faciais de acetato (material semelhante ao acrílico) para os médicos e enfermeiros, três prudentinos, ligados à área da robótica, levaram a ideia a profissionais de saúde.

O projeto em questão é denominado Higia, explica o engenheiro químico e estudante Thiago Tufolo de Mello, 31 anos. Segundo ele, a máscara foi desenvolvida por americanos, testada e aprovada por médicos de São Paulo e Rio de Janeiro. “A impressão do suporte para a cabeça é rápida, leva cerca de uma hora, e os custos são muito baixos, entre R$ 4 e R$ 5”, pontua. A primeira leva de 200 máscaras será doada à Sesau (Secretaria de Saúde de Presidente Prudente).

Outra idealizadora do projeto em Prudente, junto de Thiago e do advogado Raphael Verissimo, é uma professora de robótica que preferiu não se identificar. Ela afirma que, em relação à placa acetato que é acoplada ao suporte, solicitaram a parceria de papelarias que trabalham com o material. Thiago destaca que a papelaria MaqCenter doou todo o acetato que precisavam e a Sinérgica Assessoria Esportiva, especialmente seus integrantes, se comoveram com a ação e doaram parte dos custos com materiais.

Os amigos também já receberam pedidos vindos de Presidente Venceslau. Alguns profissionais de saúde do município, pela dificuldade de encontrar no mercado os EPIs (equipamentos de proteção individual), viram no projeto Higia uma possível saída.

 “Tem pelo menos um ano que trabalho com impressão 3D, e o espírito agora é de colaboração. Nestas impressoras, já estão produzindo até peças para ventiladores mecânicos”, comenta a professora de robótica. “A ideia é agir, com as aptidões que temos para que a doença não infecte muitas pessoas em nossa região”, pontua Thiago.

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