De acordo com o Ministério da Saúde, a cardiologia é a especialidade responsável por estudar, diagnosticar e tratar as doenças relacionadas ao coração e grandes vasos. Em Presidente Prudente, conforme consulta ao portal do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), 38 médicos seguem ativos na profissão – média de 1,67 por pessoa, que celebra hoje o Dia do Cardiologista. “Esse especialista precisa conhecer profundamente o sistema cardiovascular a partir da função celular até todos os outros sistemas, além de estar preparado para tomar decisões rápidas e, muitas vezes, sob pressão, além de conhecer muito bem farmacologia e interações medicamentosas é fundamental”, expõe a médica cardiologista e conselheira do Cremesp, Eliane Aboud.
Ainda conforme a profissional, com os avanços da tecnologia a população hoje tem uma expectativa de vida muito maior, mas lembra, no entanto, que as doenças cardiológicas aumentaram a incidência devido aos fatores de risco inerentes ao tempo e, com isso, o mercado precisa cada vez mais de especialistas bem formados. “O mercado para cardiologistas é bem amplo. Profissionais dessa especialidade podem atuar em consultórios, hospitais, laboratórios, indústria farmacêutica, perícias e pesquisas acadêmicas, entre outros”.
Aos que buscam se especializar na área, Eliane ressalta que é necessário fazer uma residência que seja reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação), como é o caso da oferecida pelo HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Prudente, que foi implantada em 2012, conforme a unidade, e já formou oito profissionais ao longo deste período. “São quatro vagas anuais desde 2017. Para ingressar é preciso passar pela prova objetiva e entrevista curricular. A residência dura dois anos, mas o pré-requisito é ter passado pela residência médica em clínica médica”, expõe a unidade.
Por falar em hospital, além do HR, a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente também realiza cirurgias cardíacas de alta complexidade, sendo que, conforme a unidade, em média são 20 cirurgias do coração por mês, sendo que as mais comuns são: revascularização miocárdica, troca de válvulas mitral e aórtica e correção de aneurisma de aorta. “A instituição conta com dois cirurgiões cardíacos e mais três auxiliares. Hoje não há fila de espera para este tipo de cirurgia”.
Saiba Mais
Conforme a médica cardiologista e conselheira do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Eliane Aboud, no Estado de São Paulo prevalecem doenças “mal controladas” como diabetes e hipertensão, doença arterial coronariana, doença das válvulas cardíacas provocadas por febre reumática e doença de chagas, sendo que muitos dos casos poderiam ser evitados com um trabalho de prevenção e esclarecimento à população e que “teriam um grande impacto positivo na saúde pública”.