Um público aproximado de 10 mil pessoas foi a soma de quatro dias de festa, de 9 a 12, do PrudenFolia 2018, segundo a Setur (Secretaria Municipal de Turismo). Em meio a tantas surpresas e desafios, o desfile das agremiações, no domingo, mesmo debaixo de muita chuva, seus integrantes não desanimaram, muito menos se abalaram e deram um show no sambódromo montado na Avenida João Gomes, em frente ao Balneário da Amizade. Comissões de frente, Mestres-salas e porta-bandeiras e baterias afinadas saudaram a todos os presentes.
De acordo com Paulo Silvio Sanches, assessor da secretaria de Turismo, no carnaval de Prudente o público poderia até ser maior, mas perde um pouco por alguns fatores sendo um dos principais a proibição de entrada com bebidas para dentro do recinto.
“Mas, ganhamos na segurança, parte estrutural, na qualidade e principalmente com a participação de muitas famílias. Para 2019 o governo de Presidente Prudente, por meio da Setur planeja o PrudenFolia seguindo o mesmo formato, acrescentando algumas novidades”, complementa o secretário da pasta, Adauto Lúcio Cardoso.
Em relação ao segundo ano do carnaval prudentino ser realizado em frente ao Balneário da Amizade, Paulo afirma que este é um dos locais mais apropriados para comportar a estrutura do evento, pois lá é possível montar as arquibancadas cobertas, estruturas de camarotes, além de ampla avenida para os desfiles.
“No local também conseguimos seguir todas as exigências de segurança, como catracas de acesso e revistas de controle de público. Nesse ano tivemos até guarda capacetes para motociclistas na entrada do sambódromo. Fizemos uma bonita festa. As escolas estão todas de parabéns. E que em 2019 possamos fazer um evento ainda melhor”, acentua Paulo.
Valeu a pena
Fazendo um retrospecto de como foi o carnaval, Maria Izabel da Silva, mais conhecida como Bel, personagem antiga do carnaval prudentino que assumiu em outubro a presidência da Liga das Escolas de Samba, - composta por quatro G.R.C (Grêmio Recreativo Cultural): Real Grandeza, Unidos de Quem Vier, Academia do Sereno e Se Sair é Milagre -, comenta que um ponto negativo para o desfile é o fato de as escolas não ter barracão próprio. Ela menciona que os carros alegóricos, por exemplo, são ornamentados no Recinto de Exposições Jacob Tosello, local distante do sambódromo que é montado na Avenida João Gomes. Por esse motivo, os acabamentos acabam estragando no meio do caminho. “Sem contar que poucos participam da dinâmica do fazer, ficando os diretores das agremiações, sobrecarregados”, pontua a presidente.
Segundo Bel, faz parte das ações da Liga para os próximos anos buscar soluções e mudar essa dinâmica de trabalho.
“Quanto ao público, a receptividade foi maravilhosa. Mesmo debaixo de chuva se fez presente, cantou o nosso samba e nos aplaudiu. A Liga foi acolhida com muito carinho. Diante a isto me sinto na obrigação de fazer um carnaval de qualidade, onde as pessoas sintam prazer e orgulho daquilo que veem. E que mais pessoas se juntem a nós dizendo vale a pena. E valeu!”, ressalta a presidente.
Aespp
A Independentes da Zona Leste e Renascer da Operária foram as duas escolas que permaneceram com a Aespp (Associação das Escolas de Samba de Presidente Prudente) e surpreenderam o público com seus sambas-enredos. A Zona Leste, assim como fez a Tuiuti no Rio de Janeiro falou da escravidão, e fez referência aos navios negreiros “Liberdade, Mas Nem Tanto”, abordando o sincretismo religioso.
A Renascer, a segunda escola a entrar na avenida com um enredo de dar água na boca com as delícias da gastronomia do país.
“As escolas trabalharam durante o segundo semestre de 2017 com reciclagem e fazendo o possível e impossível para que o andamento dos trabalhos estivesse de acordo até que chegasse o repasse municipal. E mesmo com pouca verba, firme e forte fez o carnaval acontecer”, expõe Fernando Testa, membro da diretoria da associação.
