Protocolo fomenta comunicação do Sistema Órion

Parceria com alunos de Publicidade e Propaganda visa desenvolver trabalho interno e externo, com a criação de estratégias

PRUDENTE - OSLAINE SILVA

Data 18/02/2018
Horário 23:30
José Reis, Grupo de alunos acompanhou atuação do Copom (Central de Operações Policias Militares)
José Reis, Grupo de alunos acompanhou atuação do Copom (Central de Operações Policias Militares)

Na manhã de ontem, 40 acadêmicos presenciaram a assinatura de um protocolo de intenções que formalizou a parceria entre o 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior) e a Facopp (Faculdade de Comunicação de Presidente Prudente). O documento foi assinado na sede da instituição militar pelo comandante do 18º BPM/I, tenente coronel Carlos Vitor Negri da Silva, e Adilson Eduardo Guelfi, pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista).

O comandante explica que essa parceria tem como objetivo desenvolver um trabalho de comunicação interna e externa entre os integrantes da Polícia Militar, da Rede de Proteção ao Cidadão, a população em geral, de forma conjunta com os alunos do curso de Publicidade e Propaganda que atuarão na criação de estratégias de comunicação para o Sistema Órion, desenvolvido pela Polícia Militar em Presidente Prudente.

Com a palavra, a educadora Paulina Paulino, sempre engajada em ações sociais, explanou que o Sistema Órion é algo inédito que vem para fomentar o relacionamento da sociedade em geral, para que esta viva em harmonia. Segundo ela, para melhorar o lugar em que vivemos é preciso que todos conheçam a história. E o Sistema Órion lembra que cada ser humano tem uma história e que ter conhecimento e entender a de cada um é obrigação de todos.

“Repito: o que está acontecendo aqui, hoje [ontem] é inédito! As intenções das instituições são boas, mas cada um, geralmente, fica no seu ‘quadrado’. E isso não pode. Precisamos fazer mais. Caminhar com quem está disposto a andar. Quem não quer, deixemos para trás”, ressaltou Paulina Paulino.

De acordo com a professora da Facopp, Mariangela Fazano, 43 anos, voltado para a perspectiva metodológica e pedagógica, a inserção dos alunos nesse projeto lhes dá a oportunidade de junto com o aprendizado se tornarem protagonistas.

 

Integração

O Sistema Órion processa de forma integrada ocorrências em que as circunstâncias demonstrem ao policial a possibilidade de serem adotadas providências, também, por outros órgãos, podendo ser da área da saúde: UBS (Unidade Básica de Saúde), Caps (Centro de Atenção Psicossocial), UPAs (Unidade de Pronto Atendimento); da Assistência Social: Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Cras (Centro de Referência de Assistência Social), projetos sociais; da Educação (escolas), dos Conselhos Municipais de Direitos (Idoso, Criança e Adolescente, Deficientes) e de garantia de direitos (Conselho Tutelar ), Poder Judiciário e Ministério Público.

 

Além do 190

O comandante Negri explica que o policial militar ao se deparar ou ser acionado, pelo 190, por exemplo, para atendimento de ocorrência criminal ou não criminal, ao perceber as circunstâncias, poderá elaborar um boletim de ocorrência “detalhando” as vulnerabilidades que envolvem o caso. Na sequência as informações serão compartilhadas com os parceiros que juntos buscarão a solução. Ou seja, casos que terminariam ali no atendimento do 190 terão acompanhamento mais aprofundado, por tempo necessário para “curar a raiz do problema”.

“Essa parceria com o meio acadêmico e toda a rede de proteção social nesse processo que já está em andamento não só no município, mas em outras regiões do Estado, vem fortalecer, trazer motivação interna. Atualmente, mais de 350 profissionais da rede de proteção estão cadastrados atuando pelo Sistema Órion”, destaca Negri.

 

Mais que interessante

Sidnéia Lins e Maria Clara Marra,  20 anos, duas dos 40 alunos que foram divididos em três grupos, falam sobre a importância do sistema, antes com processo arcaico, que agora ganha agilidade. “Como futuros profissionais, que de certo modo têm influência na informação, essa experiência, essa integração enriquece o nosso aprendizado”, salienta Sidnéia.

“O bacana é saber que este sistema nasceu aqui com a Polícia Militar de Presidente Prudente e chamou a atenção de outros batalhões que estudam ou já colocaram em prática a adoção do mesmo”, complementa Maria Clara.

Para o pró-reitor da universidade, além de inédito o sistema é impactante e vem consertar uma série de problemas. “Enquanto universidade, temos de atuar e participar naquilo que é o melhor para a comunidade. Para o aluno, além de oferecermos conhecimento, precisamos dar a oportunidade de que se tornem além de profissionais, pessoas responsáveis e preocupadas com a sociedade”, acentua Adilson.

 

Publicidade

Veja também