Proteger os animais reacende a humanidade existente em nós

EDITORIAL -

Data 21/06/2018
Horário 04:00

Já dizia o filósofo Immanuel Kant: “podemos julgar o coração de um homem pela forma como ele trata os animais”. Essa máxima não poderia ser mais verdadeira, mesmo diante de tantos casos de atrocidades cometidas contra toda espécie de bicho, seja ele doméstico ou selvagem. Por isso, quando nos deparamos com projetos que vão ao encontro do bem-estar de tantos animais que precisam de cuidados, é preciso enaltecê-los.

Ontem este diário mostrou duas iniciativas realizadas em Presidente Prudente, encabeçadas pelo curso de Medicina Veterinária da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). Um deles é o “Afilhado de Quatro Patas”, que sensibiliza estudantes de todas as graduações da instituição a “apadrinhar” um dos cães que vivem no canil do campus 2. Por meio do projeto, os alunos se comprometem a levar os bichinhos para passear e, claro, dar muito carinho para os peludos.

Infelizmente, por mais que os profissionais que cuidam desses bichos queiram, é impossível dar toda a atenção e amor que os pets necessitam. E sociáveis que eles só, os cachorros precisam, de fato, de afeto e abraços. Já o outro projeto, denominado “Medicina Veterinária e Moradores de Rua”, visa cadastrar e prestar assistência aos cães que vivem com pessoas sem lar. Notadamente, muitos que vivem em situação de rua têm animais de estimação, com quem dividem as agruras do dia a dia.

E tantas dificuldades parecem não importar para os pets, que, fiéis como eles são, jamais trocariam a calçada fria que compartilham com seus adorados donos, por uma cama quentinha solitária. Tal comportamento característico dos cães é uma verdadeira lição para tantas e tantas pessoas, que nunca saberão o significado de amor verdadeiro.

Ninguém é obrigado a sentir afeto pelos animais. No entanto, todos têm a obrigação de respeitá-los e tratá-los com dignidade. Enxergar os bichos como simples “coisas”, que não sentem medo, dor, tristeza, amor e tantos sentimentos semelhantes aos nossos, é “coisificar” a si próprio, é deixar de lado a própria humanidade.

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