O Projeto Cor já passou com as obras de seus alunos pelo Poupatempo, Galeria Takeo Sawada no Tênis Clube, Centro Cultural Matarazzo, Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial) e Prudenshopping. Agora, durante um mês, a partir de amanhã, está de volta com 42 telas medindo 40x60 centímetros ao local em que realizou sua primeira exposição, na Passarela das Artes na Apea (Associação prudentina de Esportes Atléticos) de Presidente Prudente, quando tinha apenas dois artistas. “Além de divulgar os trabalhos deles, esta mostra é para celebrarmos o Dia Internacional da Síndrome de Down, lembrado no dia 21 de março. Há dois anos homenageamos os nossos artistas e todos os outros do mundo inteiro. Nosso desejo é que, cada vez mais, possamos fazer algo por eles, com projetos novos na busca de novos horizontes para que possam ter uma vida com qualidade e uma inclusão que realmente possa funcionar”, expõe o professor Jorge José da Silva, idealizador e desenvolvedor do projeto.
O professor faz questão de acentuar que o potencial de seus alunos, a capacidade que possuem é algo que emociona. Ficam nítidos em cada tela pintada as expressões de identidade, dos sentimentos de amor, de carinho, a religiosidade e fé que cada um expõe, entre outros temas.
“Minha realização é poder atender essas pessoas. E como me sinto feliz em ver que através da arte eles se expressam e vão crescendo. Eles percebem que mesmo com as limitações que convivem, a capacidade que têm de se expressarem é muito grande. Isso os deixa muito felizes e ainda mais motivados”, destaca o psicopedagogo.
Jorge agradece ao curador Erivaldo dos Santos, o Vadinho, e a Apea por abrirem suas portas mais uma vez a este projeto de inclusão.
“Minha realização é poder atender essas pessoas. E como me sinto feliz em ver que, através da arte, eles se expressam e vão crescendo. Percebem que mesmo com as limitações, a capacidade de se expressarem é muito grande”
Jorge José da Silva,
professor
Mais incentivo
Conforme o professor, mais três projetos serão desenvolvidos em breve: DJ, culinária e teatro para pessoas especiais. Em pensar que Jorge que atua como especialista em todos os campos da deficiência, como autismo, paralisia cerebral, Síndrome de Retti, deficiência intelectual, entre outros, iniciou o Projeto Cor em 1º de outubro de 2015 com a proposta de atender as limitações que cada aluno levava até ele.
“Meu sonho é ampliar cada vez mais. Por meio da arte de pintar eles descobrem o talento que cada um traz em si. É um trabalho minucioso que requer dedicação e respeito com cada um deles. Se não agradar, todo trabalho pode ir por água abaixo, criando assim uma resistência por eles, principalmente com os espectros autistas”, explica.
Delicado
Para que tudo dê certo, o momento de produção de pintura dos artistas envolve muita concentração, a escolha do que será feito, as cores que serão utilizadas, entre outros cuidados. Dessa forma, Jorge explica que é preciso entender e respeitar cada um de sua forma e levá-los a criar as obras dentro de suas capacidades e limitações.
ARTISTAS
Adib Miguel Direne, 37 anos, Síndrome de Down
Amanda Fernanda da Costa, 18 anos, Sequela Rubéola
Denise Canziane Brambilla 23 anos Síndrome de Down
Gabriel Kenzo Nakaya, 20 anos, Autista
Giovana Martinez Guilete, 15 anos, Autista
Julia Rodrigues Sakamoto, 19 anos, Déficit Cognitivo Global
Lucas Capuci Gasparim, 21 anos, Síndrome de Down
Marcelo Augusto Direne, 41 anos, Hiperativo
Maria Rita de Oliveira Ribeiro, 16 anos, Síndrome de Dow
Patrick Ken Kanda, 19 anos, Autista
Pedro Henrique Calil Trevisan, 34 anos, Síndrome de Down
Renan Cardoso Spolador, 25 anos, Síndrome de Down
Vitória Oliveira Barbosa da Silva, 7 anos, Diagnóstico Artrogripose Multiplas Congênita
Zequinha Scalon, 36 anos, Síndrome de Down
