Em assembleia realizada no final da manhã de ontem, professores das creches municipais de Regente Feijó deliberaram greve para a próxima terça-feira. A categoria decidiu pela paralisação após a Prefeitura não realizar o pagamento do piso salarial nacional referente ao ano de 2018. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade, Valdemir Alves da Silva, o movimento contará com a adesão de sete unidades de ensino infantil e cerca de 45 professores, além de afetar o atendimento a aproximadamente 250 crianças.
Apesar disso, o representante explica que, conforme recomenda a legislação, 30% dos serviços serão mantidos em operação. O sindicalista afirma que os professores estão abertos ao diálogo, mas caso as negociações não ocorram até o início da próxima semana, a paralisação segue confirmada.
Segundo Valdemir, a reivindicação dos servidores já vêm de longa data, uma vez que o não recebimento do piso nacional já é um “problema antigo” na cidade. Ele explica que os professores de creche trabalham 40 horas semanais, portanto, estão amparados por um lei federal que regulamenta o valor do salário e determina que este deve ser pago a partir de 1º de janeiro. O representa expõe que, em 2013, a municipalidade não pagou, bem como em 2014. Naquele ano, a revolta dos docentes levou a Prefeitura a iniciar o pagamento a partir de abril. Em 2015, não houve problemas. Já em 2016, a regularização começou a partir de março. Mesmo com movimentos e reuniões junto à Prefeitura, o valor não foi pago no ano passado, afirma. Este ano, por sua vez, trouxe a notícia de que “Prefeitura não implantaria o piso porque a folha de pagamento está acima do índice permitido”.
A reportagem tentou um posicionamento da administração junto ao prefeito Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB), no entanto, o mesmo não atendeu às ligações nem respondeu às mensagens até o fechamento desta edição. Procurada, a Assessoria de Imprensa da Prefeitura informou que teria uma resposta na manhã de hoje.