Prevenção da obesidade deve iniciar na infância e envolver toda a família

EDITORIAL -

Data 22/07/2018
Horário 05:30

Dados do Instituto Pró-Rim revelam que, em 2025, 18% dos homens e mais de 21% das mulheres do mundo serão obesos, sendo que a condição grave da doença atingirá 6% da população masculina e 9% da feminina. O problema já interfere na vida de um terço da sociedade adulta e gera altas despesas para a área da saúde. Observando o aumento progressivo de pessoas com sobrepeso e obesidade, o Estado até mesmo elevou o número de cirurgias bariátricas oferecidas por meio do SUS (Sistema Único de Saúde), por entender que, em grande parte dos casos, os procedimentos se tornam menos onerosos do que o tratamento de doenças associadas, como diabetes, hipertensões, cânceres e a doença renal crônica. Conforme destacado neste diário ontem, só em Presidente Prudente, o total de operações voltadas à redução do estômago cresceu de 6 em 2012 para 34 em 2017 – o que significa um crescimento em quase seis vezes.

Por ser uma cirurgia delicada, a bariátrica só é autorizada após esgotadas todas as possibilidades de emagrecimento por meios naturais e representa uma oportunidade da melhoria de qualidade de vida para aqueles que costumavam conviver com a obesidade. Mas, melhor do que remediar o problema, é preveni-lo – e tal precaução deve começar já na infância por meio do exemplo dos pais e durante a juventude, cujo perfil alimentar é facilmente atraído para o consumo de produtos industrializados, fast foods ou com excesso de açúcar e gordura. No caso dos adolescentes, a ingestão desse tipo de alimento não precisa ser eliminada completamente, mas deve ser moderada para evitar o aparecimento de patologias decorrentes.

Isso porque a boa alimentação nesta etapa da vida é essencial para garantir o crescimento e o desenvolvimento adequados e, consequentemente, a consolidação de uma vida adulta saudável. A reeducação alimentar deve estar associada ainda à prática regular de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental, considerando que não basta alterar o cardápio se a cabeça não estiver sadia. Com a adoção de gestos como esse, o aparecimento de doenças crônicas pode ser minimizado. E, nesse contexto, todo o apoio familiar é necessário. Quando não só o adolescente participa deste processo, mas todos os membros da casa, certamente há a melhora da qualidade de vida do núcleo doméstico em geral.

Publicidade

Veja também