Prejuízos pós-chuva em Prudente

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 14/01/2020
Horário 04:03
Weverson Nascimento - Após fim da chuva, veículos foram encontrados espalhados pelo Parque do Povo
Weverson Nascimento - Após fim da chuva, veículos foram encontrados espalhados pelo Parque do Povo

Após o término da chuva que caiu sobre Presidente Prudente no fim da tarde de ontem, e com a diminuição da quantidade de água que fez com que o Parque do Povo virasse um verdadeiro rio agitado, diversos foram os prejuízos encontrados pela reportagem, como estabelecimentos comerciais invadidos e carros inundados, que foram espalhados com a força da água. O coordenador da Defesa Civil de Presidente Prudente, Renato Gouvea, afirma que a maior parte das ocorrências em que o órgão foi acionado estava ligada às casas alagadas, mas salientou que quedas de árvore e uma possível queda de ponte também foram informadas. “Não houve vítimas, o que é o mais importante em situações como esta”. Até o fechamento desta matéria, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e a Polícia Militar Rodoviária ainda não haviam divulgado informações sobre ocorrências.

A proprietária da First Turismo, Franciane Reis Casari, logo após o término da chuva, conversou com a reportagem e afirmou que entre os prejuízos estavam o carro da empresa, os móveis do estabelecimento e possivelmente os computadores, já que a água dentro do local chegou a subir cerca de um metro. “Ainda não ligamos a energia com medo de problemas na fiação, que é no piso. Não foi a primeira vez que ocorreu, mas as proporções de hoje [ontem] foram muito maiores”, apontou no início da noite.

Já o responsável pelo Bar do Zé, Thiago Benvenuto, que também fica no Parque do Povo, com 11 anos de trabalho, afirma que esta foi a primeira vez que algo “tão grande” ocorreu. “É rápido demais, quando você vê a água já tomou conta. Acabamos de reformar o espaço e vimos o bar ficar alagado”, aponta.

E QUAL SERIA A

SOLUÇÃO NO LOCAL?

Além do posicionamento já emitido pela Prefeitura de Presidente Prudente, sobre a ausência de recursos para colocar em prática o projeto que melhoraria o Parque do Povo, a reportagem ouviu o vice-presidente da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de Presidente Prudente, José Alberto Fial. Para o profissional, é preciso um estudo aprofundado do local para falar com propriedade, no entanto, ele lembra que boas opções para o alívio dessa situação de alagamento seria reforçar a tubulação que recebe a água na altura do Parque do Povo, bem como aumentar a quantidade de bocas de lobo que ficam nas sarjetas. “Essas bocas de lobo captariam a água e a levariam por baixo do asfalto para seu destino final, é o que chamamos de microdrenagem”. No entanto, a destinação final também precisaria estar adequada para tal ação.

MUTIRÃO PARA

SANAR PREJUÍZOS

Ontem à noite, a Prefeitura informou que já atuava na tentativa de solucionar os problemas causados pela chuva e ressaltou que nas primeiras horas da manhã de hoje fará um mutirão, com o envolvimento de várias secretarias, para sanar os prejuízos. Além disso, ressaltou que mantém equipes da Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) para desobstrução de bocas de lobo e, assim, permitir o escoamento das águas pluviais.

“Estes bueiros - são mais de 10 mil na cidade - têm sido frequentemente obstruídos por sacos de lixo, colchões, travesseiros, móveis e outros itens que, ao serem colocados irregularmente na calçada, acabam sendo arrastados pela chuva”. No caso específico do Parque do Povo, para sanar de vez o problema histórico dos alagamentos no local, ressaltou os investimento altos necessários.

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