Prefeitura e igrejas se unem contra dengue

PRUDENTE - BEATRIZ DUARTE

Data 22/02/2018
Horário 17:35

Na luta contra o mosquito da dengue, o Aedes aegypti, o Comitê de Combate à Dengue, a VEM (Vigilância Epidemiológica) e igrejas Presidente Prudente uniram-se em busca da conscientização dos moradores. Segundo Carlos Rocha Santana, presidente do comitê, este é o segundo ano da parceria com as paróquias, e o primeiro com as igrejas protestantes. A expectativa é de que 10 mil casas possam ser inspecionadas com o trabalho em conjunto.

De acordo com o responsável, foram entregues para as organizações 2 mil folders explicativos sobre o mosquito, e os sintomas da doença, além de 200 relatórios de visitas, chamados de CheckList, com a descrição de 20 itens que podem ser criadouros de larvas e que devem ser retirados das residências.

Ele explica que, depois da orientação aos responsáveis das igrejas, eles pedem que os membros se dividam em mutirões para visitar as comunidades. Os relatórios entregues são preenchidos após visitas, e enviados para a secretária, que insere no sistema o número de residências consultadas. Carlos conta que quando os membros das igrejas não conseguem entrar em algumas casas porque elas estão fechadas, o Executivo emite um sinal de urgência para visitação desses lares.

Em 2017, cerca de 7 mil casas foram contempladas com as visitas dos fiéis. Neste ano, esse número deve aumentar, devido à inserção das demais igrejas. De acordo com Carlos, a parceria ajuda a divulgar a importância do combate à dengue de forma mais rápida e efetiva. “Existem cultos que abrigam mais de 500 pessoas e, que, ao receberem as informações conseguem passar para outros moradores”. A ação é uma forma de engajar a população na luta contra o mosquito, pois a Prefeitura sozinha não consegue atender toda a demanda do município. “Nós precisamos que a comunidade se envolva, pois 90% das larvas são encontradas nos quintais, e não nas ruas”.

Na Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Maristela), o padre Rodrigo Gomes de Moreno está orientando os fiéis durante as missas, acerca dos perigos da doença, e os materiais que devem ser retirados das casas. O trabalho prático está destinado às pastorais, sobretudo juvenis, com a visita das residências da Vila Maristela e bairros adjacentes. “Temos que pensar que fazemos parte de uma sociedade que deve privar pelo bem comum, andar de mãos dadas para acabar com um problema que afeta a população”, diz o pároco sobre a união do poder público com as igrejas.

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