A Prefeitura de Presidente Prudente voltou atrás na decisão que alterava os horários de funcionamento de diversas unidades de saúde do município, medida que foi possível a partir de uma reunião com a Câmara Municipal no fim da tarde de ontem e que resultou na seguinte decisão: a casa de leis, todo dia 21, devolverá R$ 100 mil aos cofres do Executivo, montante que deve permitir a manutenção dos serviços que já haviam começado a sofrer alterações. O valor, com isso, somará R$ 1,2 milhão em um ano, e o valor é justamente o mesmo alegado pela Prefeitura e que deveria ser economizado com a flexibilização de horários. “Esse ato de voltar atrás somente foi possível por causa desse comum acordo e isso mostra o bom senso de todos, já que fomos obrigados a tomar as decisões pela ausência de recursos”, afirma o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB).
A iniciativa surgiu da Câmara Municipal e permitirá manter abertos os PAs (Pronto-Atendimentos) do Jardim Santana e Cohabão, além do horário estendido da ESF (Estratégia Saúde da Família) do Jardim Humberto Salvador, Farmácia Central e farmácia da ESF São Pedro, que retornam aos seus horários antigos e que já eram de costume da população. Desta forma, com o repasse de R$ 100 mil do duodécimo recebido para a manutenção da Câmara, por parte da Prefeitura, a audiência pública que estava prevista para ocorrer no início da noite de ontem e que trataria do assunto foi cancelada.
Segundo o presidente da Câmara, vereador Demerson Dias (PSB), a medida foi pensada inicialmente pelos parlamentares, que buscaram um valor que ia ao encontro daquele alegado pela Prefeitura em relação ao que poderia ser economizado, o que resultou na oferta formalizada ontem. “Os vereadores acharam por bem, então, antecipar esse valor, que sempre é devolvido em encontro realizado anualmente, de forma que a devolução deverá ser destinada especificamente para essa finalidade de manter os serviços em normal funcionamento”.
Após a reunião, o prefeito de Prudente confirmou que o acordo havia sido firmado, lembrou que a partir de hoje as unidades retomam seus horários e valorizou a conversa entre os poderes Legislativo e Executivo. “Tudo isso só foi possível graças ao nosso acordo e ao bom senso de todos. Lembro que as mudanças vieram porque fomos obrigados a fazer devido à ausência de recursos para passar o ano inteiro com as portas abertas. Não se tratavam de economias, mas de mudanças para fazer frente com as despesas da saúde, já que usamos cerca de 30% de todo o orçamento para essa área, o que é indicado na lei que seja 15%”, ressalta.
