Prefeito e vice entram com efeito suspensivo

REGIÃO - GABRIEL BUOSI

Data 22/02/2018
Horário 17:32

O prefeito e o vice-prefeito de Pirapozinho, Orlando Padovan (DEM) e Antônio Carlos Colnago (PSB), apresentaram ontem o pedido de atribuição de efeito suspensivo em relação à decisão do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), que rejeitou por maioria de votos, no dia 8 de fevereiro, os embargos solicitados por ambos. O recurso, quando utilizado, pede a correção de omissões, contradições ou obscuridade do julgamento anterior, que foi em julho do ano passado, mas o Tribunal manteve a decisão emitida em primeiro grau.

O requerimento foi acrescentado no processo ontem às 13h09. Orlando e Antônio respondem pela prática de compra de votos e abuso do poder econômico. Conforme noticiado por este diário, os embargos rejeitados no início do mês analisaram a decisão do TRE-SP, do dia 10 julho de 2017, quando, também em sessão plenária, manteve a decisão que cassou os diplomas e declarou a inelegibilidade por oito anos dos servidores públicos. “O Tribunal entendeu [na época], por cinco votos a um, que houve várias práticas irregulares durante a campanha eleitoral em 2016 por meio da distribuição de camisetas padronizadas e bebidas”, esclarece o TRE-SP.

Na ocasião, conforme noticiado, o relator do processo, juiz Marcus Elídius, declarou que as condutas haviam, provavelmente, sido decisivas para o resultado das eleições, uma vez que a diferença para o segundo colocado foi de 32 votos, sendo o prefeito e vice eleitos com 43,07% , contra 42,86% ao segundo colocado.

A reportagem entrou em contato com Orlando para solicitar informações do pedido e obter um novo posicionamento, mas não obteve sucesso no contato até o fechamento desta matéria. O Imparcial, porém, noticiou, após entrevista, que a medida já era esperada, uma vez que o prefeito afirmou estar “no aguardo” da publicação do acórdão da decisão para entrar com o efeito suspensivo.

“Nós mantemos o mesmo posicionamento da primeira decisão. Estamos serenos e tranquilos, pois não há provas contra a minha pessoa ou a do Antônio. O MPE está se baseando em uma hipótese que não tem provas”, informou na época.  

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