Diante da relutância dos servidores públicos municipais, o prefeito de Regente Feijó, Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB), protocolou uma petição junto ao Judiciário a fim de regularizar a situação das creches e escolas evitar que os alunos continuem sem aulas por conta da paralisação, que entrou ontem em sua segunda semana. Embora o gestor tenha ofertado um aumento de 3% no salário dos funcionários, as categorias ainda cobram a atualização do piso nacional do magistério e a revisão salarial aos demais servidores. Enquanto não há avanços, os trabalhadores montam campana em frente ao Paço Municipal para demonstrar o seu descontentamento e aguardar uma negociação junto ao chefe do Executivo.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Valdemir Alves da Silva, o movimento já conta com a adesão de, em média, 120 servidores, entre professores, motoristas e profissionais da saúde.
Nas primeiras horas da manhã de ontem, o prefeito Marco Rocha recebeu a reportagem em sua sala para um novo posicionamento sobre a greve. Ele reforça o reajuste de 25% no tíquete de alimentação dos trabalhadores e a concessão dos 3% para a correção dos índices inflacionais. Mais do que isso, seria “inviável”, uma vez que a Prefeitura investe na folha de pagamento aproximadamente 70% de sua arrecadação.
O gestor argumenta que, diferente do que os professores pensam, os recursos do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) não são suficientes para ampliar a folha da Educação que, por si só, “cresceu quase 100% de 2013 a 2017”. “Se oferecêssemos além disso, incorreríamos num erro gravíssimo, que é o de não honrar a folha. A crise que vivemos hoje é dramática e temos outros compromissos para atender dentro da sociedade”, expõe.
Na sexta-feira, a greve passou a contar com a participação dos motoristas. Entre os principais serviços afetados está o transporte de universitários para Presidente Prudente e de trabalhadores da zona rural para a urbana. A este respeito, Marco afirma que a administração está em busca de uma alternativa, sendo que a prerrogativa é terceirizar o transporte dos alunos, o qual, segundo o administrador, é uma “realidade predominante” na região. “Precisamos garantir aos nossos estudantes esta pontualidade no transporte para que não percam aula. Da mesma forma, também procuramos uma solução para a nossa rede de creches e escolas. Recorremos ao Judiciário para saber quais providências tomar e agora aguardamos a manifestação do órgão”, comenta.