Prefeito cobra Prudente Urbano sobre edital

Segue prazo concedido à prestadora de serviços para que atenda aos requisitos do documento da concorrência pública

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 06/02/2018
Horário 13:37
José Reis, Eixo do ônibus se soltou e atingiu o muro de residência
José Reis, Eixo do ônibus se soltou e atingiu o muro de residência

O cenário do transporte público coletivo em Presidente Prudente segue em evidência. No sábado, o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PTB) cobrou a Prudente Urbano para que em 60 dias coloque em prática “um transporte público que atenda a população”. No vídeo divulgado em uma rede social, o chefe do Executivo diz que reafirma seu compromisso com o bem-estar das pessoas após um incidente, com a queda de um eixo de um ônibus no Conjunto Habitacional Ana Jacinta.

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) disse que a empresa de transporte coletivo foi intimada a prestar esclarecimentos nos próximos dias para que então possa se adotar ou não as providências permitidas por lei. O prazo que a Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública) concedeu, a pedido da Prudente Urbano, para poder cumprir todas as exigências contratuais se expira em aproximadamente 60 dias. Caso isso não ocorra no prazo concedido, outras providências serão tomadas o que pode até culminar no cancelamento do contrato, o que resultaria em nova licitação. Em nota, a Secom disse que o “prefeito deixou bem explicitado sua posição e espera que o contrato seja obedecido pela empresa”.

A porta-voz e advogada da Prudente Urbano, Renata Moço, acredita que o prefeito tenha gravado o vídeo a fim de deixar claro para a população que ele está ciente do transporte. Segundo ela, a empresa sabe do contrato assinado com o município e reafirma o compromisso estabelecido. Sobre o acidente envolvendo o eixo de um ônibus no Ana Jacinta, a empresa novamente pede “desculpas por esse momento pelo qual estamos passando” e afirma estar no aguardo da confecção do laudo pericial.

 

Insegurança

A cozinheira Ednéia Aparecida Campos, 43 anos, disse “estar com medo” de utilizar o transporte público após o incidente com a frota. Ela espera uma mudança para melhorar o ir e vir dos prudentinos. Para a depiladora Regina Fukomoto, 48 anos, falta conforto e segurança no transporte. “Não adianta pintar por fora e esquecer de pensar no bem-estar dos usuários de ônibus”, destaca.

Insatisfeita com o serviço prestado, a dona de casa Valquíria Trombini, 59 anos, afirma que não costuma pegar o transporte coletivo com frequência, mas espera que mais frotas sejam colocadas na cidade. “Tiraram uma linha da Cohab e o ônibus ficou bastante lotado. Está impossível chegar até em casa”. Devido à lotação, a doméstica Sandra Cristina de Souza, 45 anos, precisou ficar no ponto à espera do ônibus por duas horas. Ela disse que o motorista fez sinal para indicar que o transporte estava lotado e isso acontece em tempo de volta às aulas. “Nessa época fica impossível chegar em casa, pior ainda é pra quem trabalhou o dia inteiro”, conta.

O taxista Vanderlei Alves de Melo Santos, 36 anos, trabalha próximo a um ponto de ônibus. Segundo ele, é comum ver motoristas que não respeitam os passageiros. Ele conta que é comum ver casos de idosos que são deixados para fora do transporte enquanto os mais jovens pegam o coletivo até fora do ponto. “Isso não deve acontecer, estão trabalhando pra eles”, finaliza.

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