Prefeita cassada tenta reeleição em Sandovalina

Advogado protocolou pedido de impugnação de Amanda Lima de Oliveira Fetter por entender que “a postulante é inelegível”

REGIÃO - ANDRÉ ESTEVES

Data 22/10/2017
Horário 05:01

Após ter o mandato cassado pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo), Amanda Lima de Oliveira Fetter, Amanda do Divaldo (DEM), tentará novamente a cadeira do Executivo em Sandovalina. Ela e o candidato a vice-prefeito, Carlos Alberto Matiuso (PDT), constituem a coligação “Construindo uma Nova História”, da qual fazem parte o DEM e o PDT. Entretanto, o advogado da prefeita interina Jaqueline Aguera Sanfelix (PSDB), Rogério Leandro Ferreira, informa que protocolou na sexta-feira o pedido de impugnação de Amanda por entender que “a postulante é inelegível”.

À reportagem, Amanda ressalta que, na época do julgamento, apenas o vice-prefeito ficou inelegível, uma vez que a denúncia apontava que dois funcionários dele estariam em uma caminhonete fazendo a distribuição gratuita de cerveja aos participantes de um comício. “Como consequência, eu fui condenada por extensão da chapa, mas isso não quer dizer eu não possa concorrer novamente”, afirma. Para ela, a eleição suplementar é uma oportunidade de “fazer justiça” pela cassação à qual foi submetida e provar que não é culpada. “Meu advogado e eu vamos brigar até o fim. Estou muito confiante”, comenta.

Jaqueline, que responde pelo Executivo desde o final de agosto, pretende a efetividade do cargo. Ao lado do candidato a vice-prefeito Marcos Mendes da Silva (PSB), a prefeita interina representa a coligação “Juntos Somos Mais Fortes”. A terceira chapa concorrente é o PEN, formada por Júlio Gonçalves de Melo, que ficou em terceiro lugar, com 7,14% dos votos, durante o pleito de 2016; e da candidata a vice-prefeita Cristina Ramos. Eles não apresentaram coligação. Conforme a 261ª ZE (Zona Eleitoral de Pirapozinho), que atende ao município de Sandovalina, o prazo para o registro de candidatura encerrou às 19h de sexta-feira, ao passo que o deferimento dos pedidos deverá ser feito pela Justiça Eleitoral até o dia 4 de novembro. As eleições suplementares, por sua vez, ocorrem em 19 de novembro. Já a propaganda eleitoral teve início ontem.

 

Compra de votos

Eleitos com 47,31% dos votos válidos nas eleições de 2016, Amanda e o vice-prefeito Lúcio José de Medeiros perderam seus mandatos em decorrência de suposta prática de compra de votos, que, de acordo com os autos do processo, teria ocorrido em 29 de setembro do ano passado, durante o período eleitoral. O cargo deixado por Amanda foi assumido interinamente pela presidente da Câmara do município, Jaqueline Aguera Sanfelix, durante sessão extraordinária realizada na casa de leis, no fim de agosto. A sua cadeira no Legislativo passou a ser ocupada pelo vereador Claudionor Ferreira (PSB), que exercia a função de vice-presidente.

 

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