Preços de aluguéis de imóveis têm queda de 33,33%

Em outubro, maior valor médio de locação de casas na área central passou de R$ 1,2 mil para R$ 800, enquanto o preço de apartamentos recuou de R$ 750 para R$ 500

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 09/01/2019
Horário 04:03
Arquivo - Alberico diz que está otimista para desempenho em 2019
Arquivo - Alberico diz que está otimista para desempenho em 2019

Na área central de Presidente Prudente, os maiores valores médios de locações de imóveis com dois dormitórios sofreram redução de 33,33% no comparativo entre outubro de 2018 e o mesmo período do ano anterior, revela pesquisa de preços divulgada pelo Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo). De acordo com o levantamento, o valor do aluguel das casas recuou de R$ 1,2 mil para R$ 800 no intervalo de tempo analisado, enquanto o preço de apartamentos caiu de R$ 750 para R$ 500. Para corretores de imóveis do município, o cenário de queda já era previsto, considerando que as famílias ainda aguardavam uma definição política antes de firmar contratos financeiros. Com a posse do novo governo no início deste mês, a expectativa é que o mercado imobiliário volte a aquecer na cidade.

Conforme o delegado regional do Creci em Prudente, Alberico Peretti Pasqualini, o segmento acompanha a situação socioeconômica do país, ainda “instável” em decorrência da crise que se intensificou a partir de 2014. Por conta disso, os clientes aguardam a legitimação do presidente eleito para a implantação de medidas que valorizem o mercado e favoreçam a liberação de créditos com juros mais baratos, beneficiando o setor de vendas. “Estamos bastante otimistas para 2019, tanto que temos uma grande quantidade de lançamentos de residências com financiamento do MCMV [Minha Casa, Minha Vida] pautadas para o novo governo, o que deve alavancar o ramo imobiliário”, avalia.

Imobiliárias

O corretor da Luka Imóveis, Paulo Reinaldo, acredita que o país vivenciou um “momento atípico” em 2018, uma vez que as famílias aguardaram o fim do período eleitoral para ter uma “ideia clara” sobre a conjuntura política em 2019. “O que eu sinto é que as pessoas estão em melhores condições financeiras, mas seguraram o dinheiro porque ainda não estavam confiantes no que viria a seguir. Certamente, um dos fatores que derrubou a nossa procura foi a falta de credibilidade dos cidadãos no governo”, pondera. O profissional não espera que o desempenho dos últimos meses do ano seja diferente de outubro, tendo em vista que muitos deverão buscar imóveis em 2019 para poder declarar somente no ano seguinte.

O corretor de locações da mesma imobiliária, Marcel Falcon, afirma que a diminuição dos preços não só atingiu as casas e apartamentos com dois dormitórios, mas os imóveis em geral. Contudo, sente que o mercado se comportou melhor em 2018 do que nos anos anteriores, quando os efeitos da crise eram mais expressivos. “Negócios comerciais tiveram uma reação significativa. Nós, por exemplo, trabalhamos com a expansão de empresas e, somente neste ano, viabilizamos contratos para a inauguração de três”, relata.

O corretor de imóveis da Samburá Imóveis, César Guicho, prevê que a retomada da procura por imóveis a partir deste ano seja acompanhada da valorização dos preços, o que, segundo ele, não seria uma “medida apropriada” para a ocasião. Isso porque, em sua opinião, as pessoas ainda estão se recuperando da crise. “O ideal seria que as procuras aumentassem e os preços fossem mantidos. Caso contrário, tanto locações quanto vendas continuarão retraídas”, considera. A proprietária da Mell Imóveis, Armelinda de Jesus Minzoni, por outro lado, não quis esperar 2019 para emplacar o fechamento de contratos em seu estabelecimento. “Fizemos promoções para que o cliente nos procurasse ainda no fim do ano, para que conseguíssemos locar e vender todo o nosso estoque o quanto antes”, pontua.

NÚMEROS

LOCAÇÕES DE IMÓVEIS NA ÁREA CENTRAL

R$ 1,2 mil

era o maior valor médio de uma casa com 2 dormitórios em outubro de 2017

R$ 800

foi o maior valor médio de uma casa no mesmo período deste ano

R$ 750

era o maior valor médio de um apartamento em outubro do ano passado

R$ 500

foi o maior valor médio de um apartamento no mesmo período de 2018

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