Pra frente Brasil

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 26/06/2018
Horário 04:00

Em 2015, no Campeonato Mexicano, Ronaldinho Gaúcho aproveitou a reposição de bola do goleiro adversário, roubou a bola e a mandou para as redes. Maradona, na Copa de 1986, fez o gol com as mãos contra Inglaterra. Tem ainda Luizão, no Mundial de 2002, que foi derrubado fora da área, mas forçou a queda dentro dela, conseguiu o pênalti cobrado por Rivaldo, que fez o gol.  Este tipo de exemplo inspira e educada às avessas muitos brasileiros, nos colocando no apagão ético que vivemos até hoje, tanto na política quanto na economia. Como esperar mudanças no país se há brasileiros que acham isso normal?

O futebol é paixão nacional. No entanto, é preciso optar por exemplos que nos inspiram de forma edificante. No clássico São Paulo e Corinthians, na semifinal do Campeonato Paulista em 2017, o atacante Jô, do Corinthians, levou cartão amarelo por supostamente pisar no goleiro adversário. O zagueiro Rodrigo Caio imediatamente avisou o juiz que o cartão era indevido, pois ele mesmo tinha pisado no goleiro, sem querer. Este é o tipo de exemplo que o torcedor brasileiro deveria seguir e admirar.

Por outro lado, na Copa de 2002, no jogo Brasil e Turquia, Rivaldo levou a mão ao rosto como se a bola que o jogador da Turquia chutou em sua direção tivesse pego de cheio no rosto dele, mas na verdade pegou nas pernas. O Brasil ganhava de 2 a 1 e o jogador adversário foi expulso. Este é mais um exemplo vergonhoso!

Na Copa do Mundo da Rússia temos exemplos nas duas esferas. De um lado, jogadores que caem no chão como se fossem frutas maduras, na maioria das vezes procurando tirar vantagens sobre os adversários. E, de outro lado, atitudes que nos inspiram, com garra, força para lutar, de ir pra cima e atingir objetivos. Como o segundo gol do Brasil no amistoso contra a Croácia: Firmino recebe a bola na área, na dividida leva um chute no rosto. O que ele fez? Se joga no chão? Reclama o pênalti? Não! Resiste, demonstra garra, vai em frente, foca no objetivo e faz o segundo gol para a seleção.

Portanto, o jeitinho brasileiro e o pessimismo daqueles que torcem contra, não é normal! Já pagamos um preço alto demais com este comportamento na política e na economia. É preciso mudar! E, sobretudo é preciso acreditar e se inspirar no que é bom. Que nesta copa do mundo possamos deixar pra trás o jeitinho brasileiro e o negativismo geral que desmotiva! Vamos torcer pelo hexa, acreditar nas mudanças no nosso país e, principalmente, sermos a mudança e o exemplo que estamos procurando nos outros: Pra frente Brasil!

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