PP confirma caso de H1N1 e campanha encerra com cobertura vacinal abaixo da meta

Campanha Nacional termina hoje e, do total dos grupos prioritários esperados, alcançou 83,11%; mulher de 50 anos foi diagnosticada com a Influenza A

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 31/05/2019
Horário 04:12
José Reis - Campanha contra a Influenza A encerra hoje e último balanço apontava para cobertura em 83%
José Reis - Campanha contra a Influenza A encerra hoje e último balanço apontava para cobertura em 83%

Às vésperas de encerrar a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, Presidente Prudente confirmou ontem o primeiro caso de Influenza A, conhecida como H1N1. Uma mulher de 50 anos, moradora do bairro Cohab, foi diagnosticada com a doença, mas já recebeu os cuidados médicos e segue em casa. Paralelo a isso, o município apresentou ainda ontem o último balanço antes do término do prazo, de forma que a meta de 90% não foi atingida, chegando aos 83,11%.

O grupo das crianças é o que mais preocupa, com cobertura que não chega aos 66%. “Essa situação toda é muito preocupante, pois a pandemia de 2009 foi causada justamente pelo H1N1. Muitas vezes nos perguntamos aonde foi que erramos para chegar nessa situação, mas ao mesmo tempo sabemos que não faltaram informações, nem faixas pela cidade. Entregamos ofícios em diversos lugares e a imprensa está sempre em cima, então, o que é preciso, sem dúvidas, é a maior conscientização popular”, lembra a supervisora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), Elaine Bertacco.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, do total de pessoas que integram algum grupo prioritário em Prudente - 67.269, foram vacinadas 55.908 até ontem, o que compreende aos 83,11%. O grupo dos trabalhadores da saúde foi o único que ultrapassou a meta, já que dos 8.941 que atuam na área, 8.315 garantiram imunização, o que representa 93%. Nos demais, o de idosos se aproximou de atingir a meta, totalizando 87,50% de vacinados. Em números, do total de 28.570, exatos 25 mil compareceram às salas de vacinação. Seguindo a ordem, ainda conforme a Prefeitura, em relação às puérperas - aquelas mulheres que tiverem bebês até 45 dias, das 354 em Prudente, garantiram a dose 293, o que contabiliza 82,77%.

Por fim, os grupos com menores taxas são o de gestantes e crianças. Atualmente são 2.156 mulheres grávidas, sendo que, dessas, 1.486 tomaram a vacina, o que compreende a 68,92%. Entre as crianças de seis meses às menores de seis anos, são 14.292 nesta faixa etária em Prudente, de forma que, do total, foi dada a vacina em 9.392, o que representa 65,72% do grupo, a menor cobertura para a campanha neste ano. “Esse é mais um apelo que faremos: as pessoas que compõem algum dos grupos prioritários, por favor, compareçam amanhã [hoje] para a vacinação, já que estes públicos são os mais vulneráveis a contrair a Influenza”, lembra Elaine.

Por fim, ela comenta que até o início da noite de ontem a Prefeitura não havia recebido nenhuma orientação sobre prorrogação no prazo da campanha e lembra que não há reposições das vacinas, já que as salas atendem conforme o que tinham em estoque.

Suspeitas

Na semana passada este diário noticiou que a cidade contava com 10 pessoas internadas com suspeita de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), causadas pelo vírus Influenza. Ontem, Elaine informou que nove delas tiveram alta, sendo que um dos casos foi o que resultou na confirmação de H1N1 e outro, de um idoso que não teve a idade divulgada, segue em suspeita para a Influenza A, de forma que os exames devem apontar se ele está ou não com a doença.

Na ocasião, das 10 pessoas internadas com a síndrome, eram três mulheres com idade de 14, 19 e 50 anos; uma criança de 2 anos; e os outros são homens com 26, 51, 54, 61, 62 e 83 anos. “Entre estes pacientes, há pessoas dentro dos grupos prioritários que, se imunizadas, poderiam não estar nesta situação”, lembrou Elaine.

As complicações da SRAG podem fazer vítimas fatais e a vacinação é uma das medidas preventivas. Os sintomas são inicialmente parecidos com da gripe e evoluem com complicações semelhantes às da pneumonia, com casos de insuficiência respiratória grave. O diagnóstico deve ser feito por um médico e o tratamento hospitalizado.

 

Balanço atualizado ontem

Crianças: 65,72% (9.392 doses)

Puérperas: 82,77% (293 doses)

Gestantes: 62,92% (1.486 doses)

Idosos: 87,50% (25 mil doses)

Trabalhadores da saúde: 93% (8.315 doses)

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