Flores, coroas, velas, orações, lembranças e lágrimas. Esse é o roteiro esperado para o dia de amanhã nos cemitérios da região de Presidente Prudente. É feriado de finados e, por isso, milhares de católicos encontram na data uma oportunidade de rezar pelos entes queridos que, segundo a tradição da religião, buscam a plenitude da vida diante da face de Deus.
A romaria lembra a feita por algumas mulheres no primeiro dia da semana, de manhã bem cedo, quando tomaram as especiarias aromáticas que haviam preparado e foram ao sepulcro. Mas ao chegar lá encontraram removida a pedra do sepulcro e, quando entraram, não encontraram o corpo de Jesus. Perplexas, sem saber o que fazer, de repente dois homens com roupas que brilhavam como a luz do sol colocaram-se ao lado delas. Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chão, e os homens lhes disseram: “Por que vocês estão procurando entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui! Ressuscitou!”.
Tal como aquele que vive, que foi elevado ao céu e está assentado à direita de Deus, os túmulos por todo país também estão vazios! Nada além do que corpos, do pó que volta à terra, de onde veio. O espírito, este não está lá! Voltou a Deus, que o deu! E a alma, tanto de justos como de injustos”, está aguarda pela ressurreição a que será submetida para ser julgada.
Por isso, aqueles que partiram já foram. Combateram o bom combate, encerraram a carreira, guardaram a fé. Obviamente que não há nada de errado em lembrar daqueles que partiram, aqueles que amamos e foram tão importantes para nossas vidas. A morte vem, mas não leva o amor. No entanto, mais do que recordar dos mortos, temos que nos atentar aos viventes, bem como refletir sobre nossos atos diante de Deus e daqueles que nos cercam.
Então, como dito em editorial publicado outrora por este diário, “aproveite o restinho de vida que lhe sobra e ame e sirva mais, mas não apenas isso, deixe claro que ama, diga. Brigue menos, abandone as palavras duras, que machucam mais que um tapa. Caso contrário, lhe restará apenas chorar ao caixão e levar um ramalhete de flores nos próximos dias de finados”. Viva!