População precisa se conscientizar e órgãos intensificar coleta de sangue

EDITORIAL -

Data 01/08/2018
Horário 06:00

Não são raras as vezes que os bancos de sangue convocam doadores para abastecer seus estoques. Em alguns períodos do ano, sobretudo no frio e nas férias escolares – época em que muitas famílias saem de viagem -, estes órgãos deixam de receber colaborações, na medida em que, consequentemente, encaram um possível aumento da demanda de consumo, em função do índice de acidentes nas estradas por conta do alto volume de veículos nas vias e outras ocorrências graves.

Em outras épocas do ano a situação não é diferente. São necessárias campanhas junto às mídias e convocação de doadores cadastrados para aumentar o número de bolsas estocadas. Há tipos sanguíneos, os de fator RH negativos, que são escassos nas unidades de Presidente Prudente, que atendem municípios de toda região. O assunto é uma questão de saúde coletiva e, como tal, não pode ser esquecido pelo poder público.

Há pacientes internados em hospitais assistidos por estes pontos de coleta – Hemonúcleo da Santa Casa de Misericórdia e Banco de Sangue do Hospital Regional Doutor Domingos Leonardo Cerávolo - que necessitam, com frequência, das bolsas. Os amigos e parentes destes se mobilizam durante a internação na busca de doadores. Há muitos que só neste momento de “desespero” pensam em contribuir, ajudar quem está mais próximo. Quando a situação se normaliza, tudo é deixado de lado.

Além da ajuda física ao próximo, a atitude faz bem a quem contribui. Antes da coleta, é realizada uma pré-triagem, onde são verificados o peso, altura, pressão arterial, pulso e temperatura, além do exame - através de punção no dedo - para verificar se possui anemia.

Ainda falta conscientização da população quanto à importância da contribuição, que não dói, não causa ferimentos e é capaz de salvar vidas. Entre as exigências estão idade entre 18 e 65 anos e boa saúde. Caso não seja apto a doar na primeira vez que procurar o banco, com certeza, será informado das condições básicas para a doação e poderá voltar posteriormente para ajudar, a não ser que possua ou já tenha tido hepatite - após os dez anos de idade -, hanseníase, doença de Chagas, malária, aids, diabete e câncer.

O órgão, do mesmo modo, deve intensificar a captação de doadores e promover ações que sustentem o doador na unidade. Estas atividades não devem se limitar apenas a datas comemorativas – como o Dia do Doador, celebrado em novembro -, mas perdurarem nos demais dias do ano, a campo, em locais de maior concentração de pessoas, com a prestação de orientações, coletas e, sobretudo, fazer com que as pessoas enxerguem o quanto é imprescindível o ato.

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