População cobra manutenção de área ambiental

PRUDENTE - BEATRIZ DUARTE

Data 18/03/2018
Horário 11:04
José Reis, Rafael Pereira diz que situação do espaço é de “descaso”
José Reis, Rafael Pereira diz que situação do espaço é de “descaso”

“Um bairro novo carente de muitos ajustes”. Assim os moradores definem o Residencial São Paulo, em Presidente Prudente. Um dos principais apontamentos tem como foco a área ambiental em seu perímetro. A população pede a construção de calçadas, cercados e alambrados no espaço verde. O mato alto e a presença de entulhos incomodam os reclamantes, que moram nas imediações. Residente da Rua Domingas Sotello esquina com a Rua Hermínio Corazza, o vigilante André Renato Pardo, 45 anos, conta que o problema perdura há um ano.

Procurada, a Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informou que a área é da Prefeitura, tratando-se de um local que será destinado ao lazer do bairro. “Já está na programação da administração a roçagem da área e foi encaminhada uma equipe ao local, que não constatou descarte irregular de lixo”, conforme a nota.

Apesar de não haver resíduos domésticos no local, André comenta que é frequente o uso do local para descarte de lixo comum, além dos materiais de construção e entulhos. Com o mato alto, ele acrescenta que a presença de baratas, sapos e cobras é frequente. O morador e os vizinhos se dividem para cuidar e denunciar os descartes. “É complicado porque saio cedo de casa, não tenho como fiscalizar sempre. A Prefeitura fala tanto sobre cuidar do quintal, mas não se preocupa com o lado de fora”, aponta.

Outra reclamação do munícipe é em relação à segurança do bairro. Morando sozinho, André lembra que sua casa já foi furtada duas vezes, porque a mata facilita a fuga dos invasores. Para ele, uma solução cabível seria realizar a limpeza do local, bem como cercar o espaço.

Já Rafael Pereira, um dos novos moradores do bairro, diz que, desde que se mudou tem reparado o “desleixo” com o bairro, e que um dos vizinhos chegou a fazer um abaixo-assinado que não obteve resultados. Segundo ele, existem outros bairros próximos que ainda não possuem casas construídas e nem residentes, mas existe calçada, alambrado e mato baixo. “Aqui é um local com várias famílias e a situação é de abandono. A única coisa que pedimos é que possam construir uma calçada e a manutenção do mato alto”, reivindica. De acordo com ele, é comum as pessoas atearem fogo no local.

Um dos mais velhos moradores do Residencial São Paulo, o eletricista Odair Pereira dos Santos Silva diz que mora no bairro há seis anos e que há mais de um vem buscando ajuda. “Foi a mesma coisa com o asfalto, foi preciso lutar por ele durante três anos”, relembra. Ao longo da semana, ele encontra várias pessoas jogando lixo e conta que sempre faz a abordagem para explicar que o local não é um lixão e sim uma área verde. “Mesmo com esse acompanhamento, muitas vezes chego em casa e encontro novos entulhos”. Ao procurar a Prefeitura para a solicitação de obras, recebe a resposta que o projeto ainda em andamento, precisa ser aprovado.

Para ele, uma das maiores urgências é a construção da calçada, pois os moradores costumam fazer caminhada na rua, o que pode ser um fator de risco para acidentes. Além disso, alambrado e muretas dificultariam a aproximação dos animais até as residências. “As crianças brincam na rua e já achamos uma cobra na porta de casa”, lembra.

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