Desde que a Prefeitura de Presidente Prudente decretou o fechamento do vazadouro municipal para a destinação de qualquer resíduo, exceto o orgânico, moradores ficaram com dúvidas a respeito de como deve ser feito o descarte de outros tipos de materiais, como restos de mobiliário e galhos de árvores, por exemplo. No Jardim Santa Eliza, a população está incomodada com o acúmulo de entulhos desta espécie nas vias públicas e calçadas, sobretudo na Rua Leonardo Gulli e no entorno do Ceatran (Centro Educacional de Aprendizagem do Trânsito).
O aposentado Mauro de Oliveira, 73 anos, mora nas proximidades e se mostra descontente com o amontoado de sujeira no trecho. Para ele, é preciso que os cidadãos se policiem melhor, armazenem seu lixo de forma adequada e, caso não seja contemplado pelo serviço de coleta, acionem a Prefeitura para proceder a limpeza. O aposentado Antônio Sambinello de Oliveira, 73 anos, também mora perto do Ceatran e, por prevenção, costuma acompanhar o acúmulo de entulhos para constatar se não há a presença de material orgânico que possa causar mau odor ou a presença de animais indesejados. “O pessoal poderia ser mais educado e, no mínimo, ensacar o lixo ao invés de descartá-lo de qualquer maneira nas ruas”, pondera.
A dona de casa Eugênia Maria Nicoluci, 62 anos, não reclama da coleta de lixo, porém, não sabe o que fazer quando há grandes entulhos. “Recentemente, contratei uma caçamba, mas não tinha autorização para descartar outros tipos de entulhos senão resíduos da construção civil”, denota. Já a dona de casa Débora Maria de Almeida Ernica, 34 anos, pondera que as pessoas poderiam tentar contato com a Prudenco (Companhia Prudentina de Desenvolvimento) antes de dispor o lixo produzido em qualquer lugar.
Onde descartar
Justamente com o objetivo de esclarecer as dúvidas dos moradores, a reportagem solicitou um posicionamento à Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) sobre como deve ser feito o descarte de diferentes tipos de rejeitos. Em nota, a pasta informa que móveis e eletrodomésticos se enquadram nos resíduos domiciliares diferenciados e, para solicitar recolhimento, basta entrar em contato com a Prudenco por meio dos telefones 3226-0055 ou 3906-3001.
Para restos de construção civil de até um metro cúbico, o próprio morador pode fazer o despejo no aterro mediante cadastro. Acima disso, o armazenamento e transporte devem ser realizados por empresas de caçambas, que têm como alternativa a Cooperen (Cooperativa para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição). Já o despejo de galhos é realizado pelo cidadão em área adequada na Rodovia Júlio Budisk.
Quanto aos locais citados na reportagem, a administração orienta que os munícipes façam a denúncia por meio do 156 ou pelo site prefeituraevoce.com.br, a fim de que o fiscal do setor realize vistoria das eventuais irregularidades encontradas.
